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Calor e chuva

Clima quente e chuvoso reacende preocupação com casos de dengue

Em dezembro de 2021, a cidade entrou em estado de alerta para a doença

22 de Janeiro de 2022 às 06:57
Wilma Antunes [email protected]
Época do ano favorece ambientes para a criação do mosquito Aedes aegytpi
Época do ano favorece ambientes para a criação do mosquito Aedes aegytpi (Crédito: DIVULGAÇÃO)

O clima quente e chuvoso de janeiro favorece o desenvolvimento do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. Desde o início do ano, dois casos foram notificados em Sorocaba, sendo um autóctone e um importado da Bahia, de acordo com a Secretaria da Saúde (SES).

Em dezembro de 2021, a cidade entrou em estado de alerta para a doença. O motivo de tanta preocupação foi o índice de Avaliação de Densidade Larvária, que estava em 2,1%, enquanto o nível classificado como satisfatório é de 1%. Isso quer dizer que a cada 100 imóveis visitados 2,1 tinham larvas do mosquito. Naquele ano, foram registrados 1.227 casos, sem nenhum óbito.

O número representa queda de 33,5% em relação ao total de casos de 2020, que marcou 1.847 pessoas infectadas, conforme informações da Prefeitura de Sorocaba. Apesar da taxa menor, isso não significa que os cuidados devem ser afrouxados ou que a doença não seja motivo de preocupação. Os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que cerca de 50 milhões a 100 milhões de pessoas são infectadas por ano e 20 mil morrem pela doença.

A administração municipal informou ao Cruzeiro do Sul que intensifica ações de combate à dengue no verão. De acordo com a Prefeitura, foi iniciada uma atividade de força-tarefa, que conta com três caminhões para a retirada de materiais que possam acumular água e serem potenciais criadouros do mosquito.

“Uma das principais atividades de prevenção e controle das arboviroses (dengue, chikungunya, zika e febre amarela) é o bloqueio de casos positivos ou suspeitos, em que as equipes de agentes da Divisão de Zoonoses realizam visitas nos imóveis ao redor. Essas visitas têm o objetivo de bloquear a transmissão das doenças por meio da redução da infestação do vetor, remoção e tratamento de possíveis criadouros, orientação da população sobre sinais e sintomas das doenças e formas de prevenção e, ainda, buscar identificar novos casos das doenças”.

Outra ação complementar à atividade de bloqueio é a aplicação de veneno, conhecida como “nebulização”. Esse trabalho tem como objetivo diminuir a infestação de mosquitos adultos possivelmente infectados. A SES esclarece que aplicação de veneno só pode ser realizada quando há constatação de um caso positivo ou suspeito de arbovirose na região delimitada, ou seja, não pode ser realizada de forma rotineira. O uso do veneno deve ser feito com critério técnico, para se evitar danos ao meio ambiente e resistência do Aedes aegypti ao princípio ativo.

A população pode fazer denúncias de criadouros do Aedes aegypti por meio do canal 156 ou pelo site da Prefeitura (www.sorocaba.sp.gov.br). A queixa ainda pode ser realizada em uma das Casas do Cidadão. Também é possível registrar a ocorrência pelo WhatsApp da Ouvidoria Geral do Município, pelo número 99129-2426, das 8h às 17h. Em seguida, uma equipe técnica vai ao local e faz a inspeção da área. (Wilma Antunes)