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Pandemia

Casos de Covid preocupam sistema bancário

No início do ano, 26 agências de sete cidades da RMS ficaram fechadas para medidas de desinfecção

19 de Janeiro de 2022 às 01:54
Wilma Antunes [email protected]
Uso do autoatendimento aumentou. Cuidados sanitários precisam ser observados pelos clientes que buscam esse serviço
Uso do autoatendimento aumentou. Cuidados sanitários precisam ser observados pelos clientes que buscam esse serviço (Crédito: Agência Brasil)

As agências bancárias da região de Sorocaba enfrentam uma situação delicada devido ao aumento dos casos de Covid-19. Ao menos sete cidades tiveram unidades fechadas temporariamente nas últimas semanas, após colaboradores testarem positivo para a doença. A situação traz de volta a possibilidade da realização dos trabalhos de forma remota. A hipótese já é estudada pelo Sindicato dos Bancários, juntamente com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

Segundo Ricardo do Santos Filho, presidente do Sindicato, os bancos seguem protocolos rígidos de segurança. Entretanto, algumas pessoas acabam sendo infectadas, por conta da “nova onda” do coronavírus. Conforme explicou o presidente da entidade, assim que um funcionário apresenta sintomas gripais, ele é imediatamente encaminhado para fazer o teste. Se constatada a doença, o profissional é afastado. Já a agência precisa ser fechada, por um ou dois dias, para a higienização do local.

Juntos, os municípios de Sorocaba, Votorantim, Itu, Pilar do Sul, São Roque, Mairinque e Itapetininga tiveram aproximadamente 26 unidades provisoriamente fechadas no início deste ano. Todas elas seguiram as medidas de desinfecção e já voltaram a funcionar normalmente. O atual cenário é considerado preocupante pelo setor. “Estamos passando por um momento crítico. Todos os dias, encaminhamos comunicados informativos sobre os cuidados que devem ser tomados para se evitar a doença”, afirma Ricardo. Uma reunião realizada entre o Sindicato e a Fenaban no fim da tarde de ontem (18) pode mudar o sistema de funcionamento das unidades.

Isso porque um dos tópicos discutidos foi justamente a volta do home office para trabalhadores de agências bancárias. Além disso, também foi analisada a instauração de um mesmo protocolo de segurança para todos os bancos. “O momento é de preocupação. Não podemos esquecer que há um vírus letal circulando entre nós. Temos que nos cuidar, manter as medidas de segurança e, principalmente, se vacinar. As vacinas salvam vidas”, disse Ricardo.

A reportagem também questionou os maiores bancos do País sobre as regulamentações institucionais diante do contexto pandêmico. O Bradesco respondeu que, desde o início da pandemia, vem adotando medidas permanentes de prevenção e combate à disseminação da Covid. “Os funcionários são atendidos por profissionais de saúde. Também é realizada a sanitização constante, sorologia para funcionários e dependentes e outras iniciativas. No caso de agências temporariamente fechadas, a sugestão é o cliente procurar uma unidade mais próxima ou, de preferência, usar os canais digitais de atendimento do banco”.

A Caixa Econômica Federal também declarou que adota todas as medidas preventivas e sanitárias estabelecidas pelas autoridades competentes. Disse ainda que, caso necessário, há deslocamento de empregados de outras agências para reforço no atendimento da unidade. No Itaú Unibanco, alguns colaboradores seguem em trabalho remoto, devido ao aumento de casos de Covid e Influenza.

O Banco do Brasil informou que quando há confirmação de caso de infecção por Covid, o funcionário confirmado e os contatos próximos são afastados do trabalho presencial. “No caso de agências, dependendo do número de funcionários afastados, o atendimento pode ser mantido de forma normal ou ser mantido de forma contingenciada, sendo que em todas as situações será prestado serviço ao cliente, o qual, quando necessário, poderá ser direcionado para agências mais próximas e canais alternativos”. (Wilma Antunes)