Pandemia
Cidades da RMS começam a vacinar crianças de 5 a 11 anos contra Covid
Sorocaba, Itu e Mairinque iniciaram a aplicação das doses ontem
Sorocaba, Itu e Mairinque começaram a vacinar crianças de 5 a 11 anos, com comorbidades ou deficiências, contra a Covid-19 na manhã de segunda-feira (17). Outras cidades da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), como Piedade, Votorantim e Salto, iniciam a imunização infantil nesta terça-feira (18).
A primeira criança a ser vacinada contra a Covid-19 na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) foi Manuela Zuccari Ilha, de 10 anos, que tomou a dose do imunizante da Pfizer em Mairinque. O município começou a aplicação das doses das 7h às 15h, no Centro de Saúde da Vila Sorocabana.
Lembrando que a vacinação das crianças contra a doença não é obrigatória, mas foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Ministério da Saúde. Até o momento, a única vacina autorizada para aplicação infantil (de 5 a 11 anos) é a dose pediátrica da Pfizer.
Deste modo, a dose pediátrica equivale a um terço da que é aplicada em pessoas com 12 anos ou mais. Além disso, o frasco da vacina para crianças é na cor laranja para evitar confusão com a vacina para outro público, cujo frasco é da cor azul.
Em Sorocaba, a imunização das crianças começou às 9h em 29 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) com baixa procura. O anúncio da início da vacinação infantil ocorreu somente no início da noite de domingo (16) por meio de uma live nas redes sociais do prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga, e em seguida a divulgação ocorreu por meio de material informativo feito pela Secretaria de Comunicação (Secom), da Prefeitura de Sorocaba, por volta das 20h30 da noite.
Na UBS no bairro de Aparecidinha, antes do meio-dia, pelo menos 12 crianças foram imunizadas. A aplicação das doses ocorre de segunda a sexta-feira até às 15h. A estimativa é que no total geral aproximadamente entre 50 a 60 mil crianças, de 5 a 11 anos, podem ser vacinadas contra a Covid-19 na cidade.
Os pais das crianças também devem ficar atentos para a comprovação de comorbidade ou deficiência, pois é preciso apresentar comprovante da condição de risco, como exames, receitas, relatório médico, prescrição médica ou cadastro já existente na UBS. No ato da imunização, a criança precisará estar acompanhado dos pais ou responsáveis.
A relação definida pelo Ministério da Saúde inclui mais de 20 comorbidades: Insuficiência cardíaca, Cor-pulmonale e hipertensão pulmonar, Cardiopatia hipertensiva, Síndromes coronarianas, Valvopatias, Miocardiopatias e pericardiopatias, Doença da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas, Arritmias cardíacas, Cardiopatias congênitas, Próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados, Talassemia, Síndrome de Down, Diabetes Mellitus, Pneumopatias crônicas graves, Hipertensão arterial resistente e de artéria estágio 3, Hipertensão estágios 1 e 2 com lesão e órgão alvo, Doença cerebrovascular, Doença renal crônica, Imunossuprimidos (incluindo pacientes oncológicos), Anemia falciforme, Obesidade mórbida, Cirrose hepática e HIV.
A Itu a imunização também começou ontem em crianças de 5 a 11 anos com deficiência permanente ou comorbidade. A aplicação das doses ocorre de segunda a sexta, nas UBS, das 7h às 17h, e no Centro de Imunização do Rancho Grande (UBS 5) e na UBS 2, no Jardim União, das 7h às 19h. No sábado (22), a vacinação será no Centro de Imunização do Rancho Grande e na UBS 2, das 8h às 14h.
Pais aprovam
Os pais que levaram seus filhos para tomar a vacina pediátrica contra a Covid-19 em Sorocaba aprovaram a medida. Érika Klarosk Araújo levou o filho de 10 anos, Eduardo Klarosk Santurião, para receber a primeira dose.
A mãe conta que o filho possui uma forma de anemia crônica chamada de Talassemia, que consta na lista de comorbidades do Ministério da Saúde. “Eu estava muito ansiosa que ele fosse vacinado por conta do risco de ele pegar Covid. Falei com a pediatra do meu filho que também recomendou a vacinação. Até o momento ninguém em casa pegou a doença e estou mais tranquila com meu filho vacinado”, conta Érika.
A mãe da Gabriela Vitória Barbosa Antunes, de 11 anos, também não teve dúvidas sobre a importância da imunização da filha, que é portadora da Síndrome de Down. “Nós adultos fomos vacinados e ficamos protegidos. Em casa ninguém pegou Covid-19 e quero proteger minha filha e acho que a vacina é importante para evitar que ela fique doente”, afirma Mara Rúbia Soares Barbosa Antunes.
Conforme recomendação da Anvisa, após receber a vacina, a criança e o responsável devem permanecer no local por pelo menos 20 minutos. O objetivo é que em caso de reações adversas o atendimento ocorra imediatamente.