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Mobilidade

Estudo prevê reformulação no transporte

Pelo projeto de restruturação, Sorocaba passaria a ter 128 km de corredores exclusivos de ônibus

14 de Janeiro de 2022 às 03:10
Marcel Scinocca [email protected]
Mapa mostra conexões que poderão ser adotadas no sistema de transporte público
Mapa mostra conexões que poderão ser adotadas no sistema de transporte público (Crédito: DIVULGAÇÃO / SECOM / SOROCABA)

Um projeto de reformulação do transporte coletivo de Sorocaba, com participação de técnicos da Urbes, inclui a possibilidade de a cidade ter 128 quilômetros de corredor exclusivo de ônibus. O estudo, que segundo a Urbes, será colocado em prática gradativamente e ainda pode ser modificado, com previsão de aumento no número de carros e mais conexões no sistema.

O projeto pretende criar o Viário Estrutural de Interesse dos Ônibus (VEIO). De modo geral, conforme o projeto, o VEIO reunirá vias com uma ou mais das seguintes características: vias com corredor de ônibus central, já implantados ou previstos nos planos de transporte da cidade; vias com maior gabarito (três faixas ou mais); vias que dispõe de faixa exclusiva já implantadas ou previstas; vias com alto carregamento de ônibus, onde normalmente se sobrepõem grande número de linhas; vias importantes para ligação territorial das regiões da cidade; vias necessárias para interligações perimetrais e articulações inter-regional que evitem a passagem pelo Centro.

Para tanto, propõe-se que o VEIO reserve 83% de suas vias para faixas exclusivas -- no estudo, essa informação aparece destacada em caixa alta --, equivalente a 128 km de vias. O estudo aponta que o porcentual não é maior porque 17% do total são rodovias estaduais, como a avenida principal dos bairros do Éden e Cajuru. Há ainda um tópico chamado de serviço de rede. O sistema será composto ao todo de 109 serviços. 18 são linhas troncais, 68 linhas alimentadoras, 15 linhas rurais e sete linhas de reforço.

Em vários pontos do estudo, há a defesa de que o Centro da cidade deve ser evitado. Além de adotar a necessidade de uma política de integração e a identificação de locais adequados para as conexões. O projeto, que é de 2018, prevê na reestruturação a questão do transporte coletivo rural. O texto, entretanto, não cita prazo ou ano para conclusão.

O texto do estudo diz que o trabalho foi desenvolvido pelo Consórcio Gitec - ITDP Brasil e técnicos especialistas de transporte da Urbes para a concretização da chamada Ação de Otimização da Rede de Transporte Público Coletivo da Cidade de Sorocaba. O estudo é um dos componentes do projeto Eficiência Energética na Mobilidade Urbana, em desenvolvimento no Ministério das Cidades, por meio da Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana (Semob), com o apoio do governo da República Federal da Alemanha, por meio de sua agência implementadora, a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.

Frequência

Conforme o estudo, para a operação ocorrer com regularidade, estabeleceu-se três padrões de frequência a serem utilizados: Padrão de frequência (10) - com intervalos máximo de 10 minutos para as linhas estruturais e 20 para as locais, nos períodos de pico dos dias úteis; Padrão de Frequência (12) - Com intervalos máximos de 12 minutos para as linhas estruturais e 24 minutos para as linhas locais vigentes no período de entre pico nos dias úteis até 22h e nos sábados até as 14h horas Padrão de Frequência (15), com intervalos máximos de 15 minutos para as linhas estruturais e 30 minutos para as locais vigente nos domingos o dia inteiro e sábados a partir das 14h até, as 22h.

O que diz a Urbes

Questionada sobre o estudo, a Urbes Trânsito e Transportes informou que o chamado Sistema Integrado de Transporte Urbano de Sorocaba (Situs) “trata-se de um projeto que servirá de base para uma completa reformulação e otimização do transporte público coletivo da cidade”.

A Urbes ainda confirmou que teve participação nos estudos e que, em breve, ele será amplamente divulgado. “Esse estudo foi realizado com a participação de técnicos da Urbes, está passando por ajustes e outros tipos de adequações e, assim que concluído e colocado em prática, de forma gradativa, será amplamente divulgado à população e à imprensa”, diz.

Os documentos sobre esse estudo, aos quais o Cruzeiro também teve acesso, foram publicados inicialmente pelo Diário do Transporte, na segunda-feira (10). O veículo especializado do setor diz ter recebidos o material da própria Urbes. (Marcel Scinocca)

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