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Sorocaba

Sorocaba confirma primeiro caso de 'flurona' na cidade

O caso foi diagnosticado em uma jovem de 22 anos; paciente encontra-se bem e não apresentou sintomas graves

05 de Janeiro de 2022 às 16:54
Cruzeiro do Sul [email protected]
O orçamento de Sorocaba para 2022 será de R$ 3,298 bilhões
O orçamento de Sorocaba para 2022 será de R$ 3,298 bilhões (Crédito: RODRIGO MESSIAS/ RM IMAGENS AÉREAS/ ARQUIVO JCS )

Sorocaba confirmou na tarde desta quarta-feira (5) o primeiro caso de 'flurona', dupla contaminação por Covid-19 e Influenza. Segundo a Prefeitura de Sorocaba, houve um caso registrado na terça-feira (4) e trata-se de uma jovem de 22 anos. A paciente encontra-se bem e não apresentou sinais de gravidade e está fora do período de transmissibilidade. Com isso, até o momento, são dois casos de
'flurona' confirmados na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS).

Também nesta quarta, houve a confirmação de um caso de 'flurona' em Votorantim. A informação do caso de Votorantim foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Já a Secretaria de Saúde de Votorantim informou que não recebeu nenhuma confirmação de ‘flurona’ no município e destacou que o Grupo de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo, por meio da Diretoria Regional de Saúde (DRS) 16, também não confirmou a dupla infecção na cidade.

De acordo com a Secretaria estadual, em São Paulo já foram registrados 110 casos da infecção simultânea. Desse total, 59 são apenas na cidade de São Paulo. Outros munícios do interior como Jundiaí e Campinas também registraram casos da doença.

O órgão informou também que os dados são de todo o ano de 2021 extraídos do sistema Sivep-Gripe. As infecções referem-se a casos hospitalizados que tiveram critério de enceramento laboratorial e positividade para Influenza e SARS-CoV-2 por meio de teste rápido de antígeno/imunofluorescência e/ou RT-PCR.

Conforme definição do Ministério da Saúde, somente os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) são de notificação compulsória, ou seja, apenas casos com necessidade de hospitalização.

As medidas já conhecidas pela população seguem cruciais para combater a pandemia do coronavírus: uso de máscara, que segue obrigatório em SP; higienização das mãos (com água e sabão ou álcool em gel); distanciamento social; e a vacinação contra a Covid-19 e Influenza.

Paciente relata sintomas

A paciente de Sorocaba confirmada com 'flurona' é Rafaela Cavalcanti Ferraz. Ela conta que recebeu resultado positivo para Covid-19 no dia 24 de dezembro e da Influenza três dias depois, ou seja, dia 27. “Comecei a ter os primeiros sintomas, como cansaço, indisposição, e falta de apetite, no último dia 20 de dezembro. Dois dias depois os sintomas pioraram e busquei atendimento no hospital no dia 22”, conta Rafaela.

Ela relata que também sentiu vômitos, náuseas, febre, calafrio, dor de cabeça, dor no corpo, tosse e coriza. “Os sintomas da gripe foram embora já no dia 23. Daí eu fiquei com muito cansaço por mais uns dias. Atualmente estou só com um pouco de tosse, ouvido entupido e coriza”, relata Rafaela.

'Flurona'

'Flurona' é quando ocorre a infecção simultânea de Covid-19 e Influenza. O termo foi criado a partir da palavra “flu”, que significa gripe em inglês, e “rona”, em razão ao coronavírus. Alguns casos da dupla infecção já foram confirmados em cidades de estados brasileiros e está causando preocupação em muitas pessoas. A infectologista Vanessa Gontijo explica que a contaminação simultânea é mais preocupante do que quando ocorre apenas uma delas, pois o paciente pode ficar mais debilitado.

Os sintomas causados por ‘flurona’ são semelhantes aos de Covid-19 e gripe, por isso, é importante ficar atento e manter os cuidados necessários. Segundo a infectologista, pacientes com sintomas leves como febre, tosse, dor no corpo, garganta irritada e dor de cabeça devem permanecer em casa em isolamento, se hidratar e tomar antitérmicos como dipirona e paracetamol. Se apresentar febre persistente, falta de ar e dificuldade para engolir até água, é necessário procurar atendimento médico.

“O tratamento dependerá do estado clínico do paciente, de como ele estará. Se a pessoa tiver mais de 60 anos ou crianças pequenas, ou tiver outras doenças como diabetes, for fumante, ou alguma doença oncológica, o profissional médico deverá ter mais cautela. A principal coisa, para os dois casos é repouso, isolamento e hidratação. As medicações ficarão a critério do médico que prestar o atendimento”, ressalta Gontijo. (Da Redação)