O número de acionamentos do aplicativo Protege Mulher, mais conhecido como Botão do Pânico, foi menor este ano em relação ao ano passado, em Sorocaba. De acordo com a Prefeitura, em 2021 foram realizados 94 chamados, sete a menos que em 2020, quando foi totalizado 101 acionamentos. Já o número de pessoas presas pela Guarda Civil Municipal através do aplicativo foi o mesmo nos dois anos. As ações resultaram na detenção de 34 pessoas em 2020 e também em 2021.

Desde a sua criação, em 2018, o dispositivo é um aliado de mulheres que sofrem violência doméstica. Para ser utilizado, a vítima precisa formalizar a denúncia contra o agressor e obter na Justiça uma medida protetiva. Em seguida, ela poderá se cadastrar e ter acesso ao aplicativo. Caso o agressor descumpra a decisão, se aproximando ou ameaçando a agredir a vítima seja de forma física, verbal ou psicológica, a mulher poderá apertar o botão que fica disponível na tela do celular. Imediatamente, um aviso é enviado ao Centro de Operações e Inteligência (COI), da Guarda Civil Municipal (GCM), mostrando, via GPS, o local de onde saiu o pedido de socorro. Além de informações da vítima, o aplicativo também oferece aos agentes de segurança dados sobre o possível agressor.

Para se cadastrar, a mulher precisa comparecer ao Centro de Referência da Mulher (Cerem), com o Boletim de Ocorrência em mãos e uma medida protetiva expedida pela Justiça. A vítima receberá orientação sobre o programa de proteção à mulher e como utilizar o aplicativo. Para usar a ferramenta o celular precisa estar conectado à internet.

O Cerem está localizado na Avenida Juscelino Kubitschek, 440, no Centro, próximo à rodoviária. A unidade presta atendimento de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone: (15) 3235-6770.

Mudança de nome

O aplicativo Botão do Pânico foi criado em 2018 com o objetivo de proteger mulheres com medida protetiva contra agressores. Em 2020 o nome da ferramenta foi trocado e passou a se chamar Protege Mulher. De acordo com a Prefeitura, a alteração foi necessária porque a denominação Botão do Pânico foi registrada no Espírito Santo. Assim, o aplicativo desenvolvido pelos técnicos da Prefeitura de Sorocaba precisou ser rebatizado.

Para isso, na época uma enquete foi realizada e foram apresentadas três opções ao público: Alma Segura, Protege Mulher e Salve Mulher. Ao todo 347 pessoas votaram e o nome Protege Mulher venceu com 41,5% dos votos. Apesar da mudança, muitas pessoas ainda conhecem o dispositivo pelo nome antigo, Botão do Pânico. (Da Redação)