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Votorantim

Afastamento do comando da GCM de Votorantim é indeferido pela Justiça

Assédio moral na Corporação foi parar na esfera judicial

17 de Dezembro de 2021 às 00:01
Ana Claudia Martins [email protected]
Informação sobre a manutenção do comando é da Prefeitura de Votorantim.
Informação sobre a manutenção do comando é da Prefeitura de Votorantim. (Crédito: PREFEITURA DE VOTORANTIM)

Uma liminar deferida no início desse mês pela Justiça do Trabalho determinou o fim imediato da prática de assédio moral na Guarda Civil Municipal de Votorantim. O pedido foi feito à Justiça pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que ingressou com a ação civil pública no início do mês passado, após inquérito civil que apontou casos de assédio moral dentro da corporação.

Além disso, o MPT também pediu o afastamento do atual comandante e do subcomandante da Guarda Civil Municipal de Votorantim, além da obrigação de abstenção da prática de assédio moral e a obrigação de fazer um trabalho educativo com palestras e treinamentos contra o assédio dentro da Guarda.

Questionada a respeito, a Prefeitura de Votorantim informou que a Justiça do Trabalho indeferiu a liminar do Ministério Público do Trabalho quanto ao pedido de afastamento do Comando da GCM. “Razão pela qual nenhum guarda foi afastado de suas funções”, informou a Prefeitura.

Já o MPT ressalta que o pedido de afastamento do comandante e subcomandante serão apreciados no mérito após instrução processual. “O inquérito também está sigiloso, de forma que não há mais detalhes que possam ser passados”, informou o órgão estadual.

O caso

Guardas civis municipais de Votorantim denunciaram a prática de assédio moral e afirmam que encontraram um gravador escondido na base da corporação com conversas deles. O equipamento, segundo os denunciantes, seria do subcomandante da corporação.

Além disso, os guardas disseram ainda que as perseguições começaram em fevereiro deste ano, quando alguns deles se negaram a tomar a vacina contra a Covid-19 na ocasião. Eles alegaram que não era o momento dos agentes serem vacinados e que a imunização, naquele momento, seria caracterizada como furar a fila da vacina, visto que a Guarda Civil Municipal de Votorantim não estava na lista oficial do município como parte do plano de vacinação. (Ana Cláudia Martins)