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Sorocaba

Bebês vacinados contra Covid-19 estão bem e esperam alta médica

Crianças estão internadas no hospital Gpaci desde o dia 2 de dezembro

10 de Dezembro de 2021 às 00:01
Wilma Antunes [email protected]
Liz, de dois meses, e Miguel, de quatro, estão bem, dizem as mães.
Liz, de dois meses, e Miguel, de quatro, estão bem, dizem as mães. (Crédito: CORTESIA / ANA CLÁUDIA MUGNOS-RIELLO)

Depois de uma semana totalmente conturbada, as coisas parecem, finalmente, caminhar de volta ao eixo para Ana Cláudia Mugnos-Riello, de 32 anos, e Kethillyn Monteiro, de 19, mães dos bebês que foram vacinados por engano com a vacina contra Covid-19, em Sorocaba. As crianças receberam a dose errada no dia 1º de dezembro e estão internadas no Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil (Gpaci) desde o dia 2. Agora falta pouco para as crianças voltarem para casa, isso por que a alta médica deve vir em breve, segundo as mães. Ontem, as mães enviaram fotos das crianças à Redação e autorizaram a publicação.

O Miguel, de quatro meses, se recupera bem da reação ao imunizante da Pfizer e já não precisa mais tomar soro na veia, desde quarta-feira (8), segundo Kethillyn. A mãe do menino, que dias atrás não conseguia formular uma frase de tanto nervosismo, diz, empolgada, que está muito mais tranquila e sente um “alívio” no peito com a melhora do filho. “Ele está muito bem, saudável e dando risadas. A médica me falou que ele deve receber alta até domingo”, conta.

Já a pequena Liz, de apenas dois meses, precisará esperar os resultados de uma ressonância magnética, feita ontem (9), para deixar o hospital. O exame foi solicitado pelos médicos para investigar o motivo dos episódios de convulsão que a menina teve nos primeiros dias de internação. O diagnóstico revelará se a crise teve relação com aplicação da dose da vacina contra o coronavírus. A bebê está bem e também não precisa mais de soro na veia, no entanto, a medicação com anticonvulsivos continua, segundo Ana Cláudia, mãe da menina. “A Liz, graças a Deus, está bem. Fez a ressonância magnética, só que demora uns dias para ficar pronto, estamos vendo se conseguimos adiantar isso. Ela não teve mais nada, nem vômito e nem febre. Não teve nada, graças a Deus!”, diz. Mesmo em contagem regressiva para ir embora, Ana confessa que o cansaço ainda a abala. “Meu psicológico não está aguentando mais essas incertezas. Meu sonho é esse exame vir normal e, assim, nossas vidas também voltarem ao normal. Quero ficar na minha casa com os meus filhos e esposo!”, desabafa. Os resultados do exame de Liz devem sair só na próxima quarta-feira (15). Somente com o documento em mãos será possível avaliar, de fato, os impactos da aplicação da dose errada na criança e pensar nos próximos passos. (Wilma Antunes - programa de estágio)