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Sorocaba

Dono de veículo que explodiu instalou gás de cozinha no carro há 3 meses

Em seu depoimento, o dono do carro relatou que comprou o carro há mais de um ano já com o sistema de gás natural

08 de Dezembro de 2021 às 12:23
Kally Momesso [email protected]
Carro que explodiu domingo tinha um cilindro de GLP, diz perícia.
Carro que explodiu domingo tinha um cilindro de GLP, diz perícia. (Crédito: ANA CLÁUDIA MARTINS (5/12/2021))

O proprietário do veículo Palio que explodiu durante o abastecimento de gás natural veicular (GNV) no domingo (5) instalou botijão de gás de cozinha há 3 meses no veículo, segundo depoimento à polícia. A informação é do delegado do caso, Dr. Acácio Aparecido Leite.

Em seu depoimento, o dono do carro, um morador da zona norte de Sorocaba, de 47 anos, relatou que comprou o carro há mais de um ano já com o sistema de gás natural. Há cerca de 3 meses, ele mesmo instalou o botijão de gás de cozinha com certa quantidade de gás. 

No momento da explosão, ele abastecia o cilindro correto, de gás GNV. Dessa forma, a investigação aguarda o resultado do laudo pericial que deve sair em 30 dias e pode esclarecer o motivo da explosão do botijão de GLP.

Relembre o caso

O veículo explodiu na tarde de domingo (5), em um posto de combustível localizado dentro do hipermercado Extra, no jardim Santa Rosália, em Sorocaba, ao abastecer o carro com gás natural (GNV).

O cilindro que estava no porta-malas do veículo - um Palio - foi parar a um quarteirão de distância do posto. O barulho da explosão foi tão forte que pôde ser ouvido da unidade do Corpo de Bombeiros da avenida Dom Aguirre.

O motorista não se feriu, pois para abastecer com GNV é obrigatório sair do veículo. A frentista do local foi jogada a três metros de distância e, devido ao trauma, sofreu amnésia lacunar. Ela foi encaminhada ao Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), com ferimentos leves. Não há registro de mais vítimas e de outros veículos danificados.

Equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar estiveram no local, que foi isolado para perícia. Os técnicos da distribuidora Naturgy também foram ao posto de combustíveis e, em uma análise preliminar, realizada junto aos peritos da polícia científica, verificaram que o motorista tinha dois cilindros no veículo: um de GNV (gás natural veicular) e outro de GLP (gás liquefeito de petróleo ou gás de cozinha), instalado de forma irregular e não apropriado para carro.

Vale lembrar que, de acordo com a lei, os postos de combustíveis devem, sempre, antes de abastecer o carro com GNV, checar se os cilindros são regulares (com a devida certificação do Inmetro) e pedir para que os motoristas e passageiros desçam dos veículos.

Os estabelecimentos também devem colocar avisos indicando aos clientes que esses procedimentos são obrigatórios no momento do abastecimento.