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Família de mulher internada faz campanha para repor estoque da Colsan

Karina de Oliveira Santos, de 38 anos, sofreu uma hemorragia no parto e já usou mais de 15 bolsas de sangue; familiares querem ajudar a captar doações

03 de Dezembro de 2021 às 14:00
(Crédito: Vinícius Fonseca / Arquivo JCS)

A família de uma mulher internada em um hospital particular de Sorocaba faz uma campanha para incentivar a doação de sangue. A atendente de supermercado Karina de Oliveira Santos, de 38 anos, tem precisado de diversas transfusões, após sofrer uma hemorragia durante o parto. Consequentemente, utilizou, até o momento, mais de 15 bolsas do fluído. Por isso, familiares querem ajudar a repor o estoque da Associação Beneficente de Coleta de Sangue (Colsan). O hemonúcleo atende a hospitais da cidade e de diversos municípios da região. 

A microempresária Gabriele Francine Dias Oliveira, de 37 anos, prima de Karina, diz que pessoas com todos os tipos sanguíneos podem doar. Para tanto, devem ir ao Colsan, situado na avenida Comendador Pereira Inácio, 564, no Jardim Vergueiro, de segunda a sábado, das 7h às 12h30.“Doar sangue é um ator de amor, não custa nada, não dói, e ajuda a salvar a vida do próximo”, fala ela.

Para doar, é preciso ter entre 16 e 69 anos de idade. A primeira doação deve ter sido feita até 60 anos incompletos. Menores de 18 anos devem estar acompanhados de um adulto maior de 21 e levar o termo de autorização de doação preenchido. O documento deve ter firma reconhecida em cartório. Ele pode ser retirado diretamente na Colsan ou pela internet. Esse público também deve apresentar um documento de identidade original com foto e do responsável legal, bem como cópia simples do documento de identidade de ambos.

Outros requisitos são pesar acima de 50 quilos; estar em boas condições de saúde; e estar alimentado, porém, evitar refeições pesadas nas três horas antes da doação. No momento da coleta, é preciso apresentar documento de identidade com foto e dentro do prazo de validade. Pessoas com doenças transmissíveis pelo sangue não podem doar. Além disso, é importante respeitar o intervalo de dois meses entre as coletas, para homens, e de três meses, para mulheres.

O caso

Conforme Gabriele, a prima deu à luz um casal de gêmeos na última sexta-feira (26), depois de uma gravidez de risco. “Durante a gestação, a família e ela tiveram conhecimento que era de risco, pois ela tinha placenta acreta, que é uma das principais causas de morte materna, juntamente com a eclampsia”, conta. “A placenta acreta forma uma aderência e meio que se enraíza aos órgãos, como útero, intestino e ovário, por exemplo, na cavidade uterina e na região pélvica”, completa.

 

Após complicações durante o parto, Karina precisou de diversas transfusões de sangue (crédito: Arquivo pessoal )

 

Ainda de acordo com ela, a gestante fez cesariana e tudo correu normalmente. Contudo, durante a retirada das placentas, sofreu hemorragia grave. “A Cesárea começou às 19h, e os médicos só conseguiram controlar a hemorragia às 23h. Nesse tempo, ela entrou em choque, devido à grande perda de sangue, e teve duas paradas cardíacas”, relata.

Por conta das complicações, após o procedimento, Karina foi para a UTI, está entubada e em coma induzido. Segundo Gabriele, na tarde de sábado (27), a hemorragia voltou. Por isso, a paciente teve de ser submetida a uma nova cirurgia para estancá-la. Por ter perdido mais sangue, ela precisou retirar o útero e sofreu paralisia dos rins. Agora, faz diálise.

Gabriele informou que, até o momento, a prima não teve novas complicações, os órgãos paralisados estão voltando a funcionar e os médicos começaram a diminuir a sedação. No entanto, ela segue em coma. "Como ela é a paciente mais grave que está internada, todo o sangue do hospital está indo para ela, e os pacientes que estão internados estão tendo que esperar chegar sangue de outro lugar, para poderem receber a transfusão. Então, para o estoque não ficar tão desfalcado, queremos repor o que ela usou e suprir a necessidade local”, reforça.

Já os recém-nascidos passam bem. “O nascimento dos bebês foi bem, graças a Deus. A menina nasceu bem. O menino nasceu com desconforto respiratório. Os dois foram para a UTI, mas tiveram a alta e já foram para o quarto”, comenta Gabriele. 

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