Para marcar o Dia Nacional do Doador de Sangue, diversas pessoas foram ontem (25) até o Hemonúcleo de Sorocaba para fazer a sua contribuição. Entre eles, estudantes e policiais militares. As irmãs Marcilene e Ana Paula Damásio, por exemplo, realizam a campanha de doação de sangue há 23 anos junto aos estudantes das escolas estaduais Antonio Padilha e Artur Cirilo Freire. Neste ano, cerca de 50 alunos e 20 ex-alunos e familiares participaram da ação.

As irmãs iniciaram o projeto quando o pai precisou fazer uma cirurgia cardíaca e não havia sangue o suficiente no hemonúcleo. “Foi muito rápido. Ele precisava fazer uma cirurgia cardíaca e, ao ser internado, precisava de doadores para fazer a cirurgia. Era de praxe do hospital. O maior problema era encontrar doadores, pois muitos amigos não podiam doar”, relembrou Marcilene.

Ela ainda afirmou que há certa dificuldade em convencer os jovens a participar da campanha. “Trabalhamos desde o início do ano as questões religiosas, medo. Muitos querem fazer tatuagem ao completar 18 anos e a gente pede para que espere e doe sangue primeiro”. Marcilene ainda se sente realizada por saber que o seu sangue pode salvar várias vidas.

Policiais militares de Porto Feliz também participaram. Fardados, o capitão PM Turri, o cabo PM Bruno, o soldado PM Alan e a soldado PM Katiane se deslocaram até Sorocaba para doar sangue. “A doação de sangue é o único modo de ajudar muitas pessoas que precisam. Faça como a gente, venham doar. Nós da Polícia Militar de Porto Feliz estamos sempre buscando doar sangue e alimentos. Essa campanha é simples, você não gasta nada”, disse o capitão Turri.

Danai Rodrigues é um exemplo de doadora frequente. Ela realiza doação de sangue a cada 3 meses há 3 anos. “Eu tenho sangue O negativo, e eu vejo a importância que é ajudar as pessoas. Não custa nada e é algo humanitário”.

De acordo com informações do Frederico Brandão, gerente médico do Hemonúcleo de Sorocaba, foi registrada uma queda em torno de 20% a 30% nos estoques. “É uma lembrança e um agradecimento aos que já são doadores, mas a gente não pode depender de campanha porque a necessidade é contínua”, reiterou.

Para ser doador é necessário ter entre 16 e 69 anos, estar com boa saúde, ter no mínimo 50 kg, apresentar documento de identidade oficial, não pode ingerir bebida alcoólica, no mínimo, 12 horas antes da doação, deve estar bem alimentado e com o sono em dia. (Kally Momesso / programa de estágio)