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Fraude

Deic prende grupo que adulterava bombas de combustíveis

Operação 'Consumidor Feliz' prendeu cinco pessoas, entre elas proprietários, gerentes e funcionários; golpe chega a R$ 1 milhão por mês

18 de Novembro de 2021 às 15:00
Virginia Kleinhappel Valio [email protected]
Rodrigo Ayres,Felipe Marino Orosco, Wilson Negrão e Luciane Bachir
Rodrigo Ayres,Felipe Marino Orosco, Wilson Negrão e Luciane Bachir (Crédito: Fábio Rogério)

A Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Sorocaba deflagrou, nesta quarta-feira (17) e quinta-feira (18), a “Operação Consumidor Feliz”. De acordo com a investigação, que durou seis meses, os donos e funcionários dos postos de combustíveis estavam adulterando as bombas.

A investigação apurou que existem mecanismos utilizados para cometer as fraudes, entre eles, dispositivos eletrônicos instalados nas bombas e que fornecem volume inferior ao que está sendo pago.

Diante disso, a Deic de Sorocaba realizou diversas diligências, utilizou recursos tradicionais e tecnológicos nas investigações e, após autorização judicial, cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão. No total, foram 11 mandados, sendo cinco de prisão e seis de busca e apreensão.

O líder da organização criminosa foi preso em um condomínio de luxo, em Itu, na tarde de quarta-feira (17). Os demais presos eram funcionários dos postos de combustíveis investigados.

De acordo com o delegado Felipe Orosco, a investigação começou por meio de denúncias da própria população: “Pessoas vieram à sede da Deic após suspeitarem de que alguns postos de combustíveis da nossa região estavam cometendo fraudes relacionadas ao volume do combustível, ou seja, o veículo era abastecido com uma quantia menor de combustível, mas na bomba era colocado um volume maior”, afirma.

Os postos de combustíveis Roma Auto Posto, localizado no Jardim Vergueiro, e o Auto Posto São Francisco, na Vila Carvalho, estão entre os postos investigados pela polícia. Agora, a responsabilidade de fechar os postos de combustíveis fica por conta de outros órgãos, como o Ipem-SP. O prejuízo causado pela organização criminosa chega a R$ 1 milhão por mês.

Os acusados estão presos temporariamente, período em que a polícia dará sequência à verificação do nível de participação de cada um dos envolvidos. Eles ficarão à disposição da polícia para o caso de uma eventual prorrogação da prisão temporária ou, até mesmo, a decretação de prisão preventiva.


Nota da Redação: De acordo com a legislação, o jornal Cruzeiro do Sul não identifica personagens de matérias enquanto eles ainda estão na condição de suspeitos