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Justiça

Casal é condenado a 36 anos de prisão pelo assassinato de Vitória Gabrielly

O segundo júri do assassinato da menina começou na segunda-feira (8); Bruno Oliveira e Mayara Abrantes começaram a ser ouvidos por volta das 18h desta terça (9)

09 de Novembro de 2021 às 21:31
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Vitória Gabrielly.
Vitória Gabrielly. (Crédito: Reprodução/Facebook Beto Vaz)

A Justiça condenou o casal Bruno Oliveira e Mayara Abrantes, nesta terça-feira (9), por participação no assassinato de Vitória Gabrielly, em 2018. A sentença foi dada pelo juiz Flávio Roberto de Carvalho, após dois dias de julgamento no Fórum de São Roque. Oliveira recebeu pena de 36 anos. Já Mayara foi condenada a 36 anos pelos crimes de homicídio, sequestro e ocultação de cadáver com qualificadoras. A defesa dos réus pode recorrer da decisão em primeira instância.

A menina Vitória Gabrielly Guimarães Vaz tinha apenas 12 anos, quando foi morta em 8 de junho de 2018, em Araçariguama. A garota, que até então era considerada desaparecida, foi encontrada sem vida após oito dias, em 16 de junho. O corpo estava em um matagal da cidade.

O segundo júri do assassinato começou na segunda-feira (8), foram ouvidos os réus, 10 testemunhas de defesa e 4 de acusação. O julgamento aconteceu sem a presença de público devido às medidas de segurança contra a Covid-19. O pai de Vitória, Beto Vaz, usou as mídias sociais para manifestar sua indignação por não poder acompanhar o caso de perto.

“Ligo minha TV e vejo um estádio lotado com mais de 40 mil pessoas assistindo a um jogo de futebol. Mas um pai, uma mãe, vítimas de um crime que chocou o Brasil e o mundo, não podem assistir ao julgamento de um caso onde se trata do assassinato de sua própria filha, por conta das restrições. Esse Brasil, que não entendemos e não aceitamos, é também o Brasil de um povo de fé. E, mesmo com tantos motivos para nos derrubar, temos um Deus em quem confiar. A justiça do homem é falha, mas a de Deus é plena”, desabafou.

Já nesta terça-feira, foram realizados os debates. O juiz ouviu a delegada do caso, os réus, um investigador e o responsável por cães que identificaram o cheiro dos envolvidos no local onde o corpo da menina foi encontrado. O sorteio dos jurados foi realizado e a oitiva das testemunhas teve início às 10h15. Ao todo, foram ouvidas quatro testemunhas de acusação e dez de defesa. O casal começou a ser ouvido por volta das 18h. Oliveira negou o crime e Mayara preferiu ficar em silêncio. (Da Redação)