Sorocaba
Museu do Tropeiro é furtado duas vezes
O Museu do Tropeiro, que fica rua Barão de Cotegipe, região da Vila Jardini, foi alvo de atos criminosos por duas vezes entre os dias 29 e 31 de outubro. No último ataque, objetos históricos e diversos outros itens, incluindo fios da rede elétrica foram furtados. As informações foram publicadas na sexta-feira (5), na página do Centro de Estudos Históricos Caminhos das Tropas (Cehicat), mantenedor no museu.
De acordo com o publicado, houve a invasão, após o arrombamento de portas e janelas da casa em que se encontra instalado o Museu do Tropeiro. “A primeira investida se deu na madrugada de sexta-feira (de 29 para 30 de outubro), após danificarem o cadeado, o portão de ferro e removerem as portas de vidro, que protegem a garagem. Nessa ação levaram o computador da entidade, sem, contudo, conseguirem terem acesso ao interior do prédio, onde se encontra o acervo do Centro de Estudos Históricos Caminhos das Tropas”, diz a postagem.
Na manhã seguinte ao ocorrido, as portas de vidro foram restauradas e o portão ganhou um novo cadeado. “Pouco adiantou”, lamentou o jornalista e historiador Sérgio Coelho de Oliveira, presidente do Centro de Estudos Históricos Caminhos das Tropas, conforme a postagem. No domingo (31), ao chegar ao Cehicat, Sérgio Coelho encontrou situação ainda mais grave. Ao menos uma janela foi arrombada, peças do acervo estavam reviradas pelo chão e por todos os cantos havia restos de torneiras do banheiro, da pia da cozinha e do tanque. Da fiação elétrica, não sobrou um centímetro, conforme o relato.
“Esse ato de vandalismo tem sido uma constante, não só atingindo bens históricos, como patrimônio cultural. Toda a minha vizinhança já foi vítima de bandidos. Nós estamos assustados. Os bandidos estão vencendo. Eu vou fazer a minha parte, apelando aos senhores proprietários de ferros-velhos, de antiquários e especialmente à direção da Feira da Barganha, que fiquem mais atentos a esse mercado de roubados”, comenta Sérgio Coelho.
O presidente do Cehicat não tem ainda uma relação de tudo o que foi levado. Mas na lista parcial de objetos furtados estão um computador, toda a fiação elétrica, uma coleção de esporas e estribos antigos, estribos-sapatas femininos, cantis de metal e de osso, dois relógios de bolso antigos, cachimbo, coleção de moedas antigas (10 peças da Argentina e do Uruguai), uma placa de sela de alpaca com a inscrição “Sorocaba”, e dois conjuntos de balangandãs (peças do folclore africano). “Quem tiver informação do comércio dessas peças roubadas, do nosso museu ou de quem quer que seja, denuncie. Os bandidos não podem continuar vencendo”, conclui o historiador. (Da Redação)