A mudança de posição em uma das listas de fila de espera de interessados em um curso relacionado à estética da Universidade do Trabalhador, Empreendedor e Negócios (Uniten), provocou desconfiança, estranheza e foi motivo de questionamentos por parte do administrador Wellington Lucas Lino Leite. A situação ocorreu na semana passada, depois que a lista já estava fechada.

Conforme ele, Elza Aparecida Lino, sua mãe, ocupava a segunda posição na fila de espera do curso, em 18 de outubro. No dia seguinte, 19 de outubro, ela caiu para a terceira posição. “Não sei como selecionam as pessoas, quais são os critérios, se há vulnerabilidade, se há alguma política de inclusão. Então, ficou tudo obscuro”, reclama. Ainda conforme ele, 230 pessoas estavam na fila de espera e todas foram afetadas pela mudança.

Mesmo após ter entrado em contato com a instituição -- que afirmou que sua mãe não teria problemas -- ele decidiu tornar pública a situação. Wellington defende que algumas regras devem ser aplicadas no sistema de classificação da entidade. “Eu até sugeri que poderiam incluir pessoas, dar prioridade para algumas, mas dar transparência, também”, afirma. “Não dá para a gente aceitar como normal que, depois da divulgação de uma classificação oficial, de algo público, que mude. Não dá para ter essa insegurança jurídica. Isso mesmo, para mim, é uma insegurança jurídica”, opina.

“Sou a favor de a Uniten priorizar quem mais precisa e cumprir sua missão como instituição”, acrescenta ele, que é morador da zona norte de Sorocaba. “Sou contra a falta de transparência da seleção, de não ter edital de seleção, não ter sorteio em meios digitais, não ter publicação de classificação, recursos contra erros e, principalmente, formas de impedir que a Uniten seja usada para atender interesses políticos”, pondera.

Questionada sobre a situação, a Uniten informou na sexta-feira (22) que a munícipe citada no texto poderia ficar tranquila, pois possuía a vaga garantida. “Tratou-se de um único caso isolado, em que houve uma falha no sistema cadastral, a qual já foi corrigida”, ressalta a instituição. Wellington confirmou que a mãe já foi informada de que foi classificada. (Marcel Scinnoca)