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Advogado Mário de Oliveira Filho tem 27 prioridades para a OAB

Ele é candidato à presidência estadual da Ordem dos Advogados do Brasil

24 de Outubro de 2021 às 00:01
Marcel Scinocca [email protected]
Américo de Carvalho Filho, Mário de Oliveira Filho e Ricardo Lopes de Oliveira falaram sobre o futuro da OAB-SP.
Américo de Carvalho Filho, Mário de Oliveira Filho e Ricardo Lopes de Oliveira falaram sobre o futuro da OAB-SP. (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO (20/10/2021))

Uma auditoria e rastreamento nas finanças da Ordem, a criação da residência para a advocacia, assim como se faz na medicina, e o fim da eleição indireta para o presidente nacional estão na lista de prioridades do advogado Mário de Oliveira Filho, candidato à presidência estadual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ele é especializado na advocacia criminal, área em que atua desde 1979, com participação em casos conhecidos, muito deles defendidos dentro do âmbito da Lava Jato.

Segundo ele, em caso de vitória, uma lista com 27 prioridades deverá ser trabalhada. Nessa lista, está a questão da proibição da reeleição para a seccional. “O que faz a roda girar é a oxigenação do poder”, argumenta. “Nas subseções é válido, na seccional, não”, diz.

Outro ponto defendido como prioridade é a extinção do papel nos processos da OAB. “Informatização total, sem papel”, garante. Ele ainda cita, nesse aspecto, a intenção de que as eleições, após esse pleito, sejam totalmente on-line. “É um absurdo em meio a uma pandemia, o advogado ser obrigado a votar presencialmente”, opina.

Outra iniciativa é o fim da eleição indireta para o presidente nacional da Ordem. “Acabar com a eleição indireta no Conselho Federal da Ordem. Isso é minha luta, é meu compromisso de mais de 10 anos. Não pode meia dúzia de caras elegerem o presidente. Isso tem que ser de forma direta”, diz.

Caso vença a eleição, Oliveira Filho afirma que também estão na lista de prioridades as tratativas sobre a forma de pagamento feito pelo Estado para os advogados que atuam nas cidades onde não há Defensoria Pública. Conforme diz, nesses casos, são contratados advogados, entretanto, eles recebem apenas 2% do que é cobrado pela tabela da OAB. Segundo ele, faltaram força e atuação da entidade na defesa de seus associados.

Mário de Oliveira Filho. - FÁBIO ROGÉRIO (20/10/2021)
Mário de Oliveira Filho. (crédito: FÁBIO ROGÉRIO (20/10/2021))

 

“Vamos tentar com todas as tratativas. Não deu resultado, vamos parar o Estado de novo. Disso, não tenha a menor dúvida”, diz, se referindo ao episódio em que os advogados que atuavam para o Estado de São Paulo deixaram de prestar atendimento nesses processos, décadas atrás. “Para fazer isso, é preciso ter um líder, uma pessoa que entenda do que está fazendo, e não de um aventureiro”, afirma. “O Estado usa o advogado, não paga e dá uma esmola”, critica.

Ele ainda reclama de alguns benefícios, como o auxílio funeral, que foram extintos ou perderam a relevância. Sua primeira ação, caso vença as eleições, será a implementação de uma auditoria e rastreamento. Nós queremos saber onde é que está o dinheiro”, afirma. “É uma coisa de mais de R$ 400 milhões por ano.” Oliveira Filho reclama ainda da maneira como as necessidades da advocacia são tratadas e defende ainda uma reestruturação nos trabalhos e a redução dos custos da entidade.

Oliveira Filho, que fundou a primeira escola de advocacia do Brasil, tem como objetivo implementar a residência em advocacia, item que consta como parte de suas metas. Ao longo de sua história, ele atuou como presidente da seccional de São Paulo da Ordem, ouvidor e presidente da Comissão Nacional de Direitos das Prerrogativas. Também participou da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim) e da Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo (Acrimesp).

Durante a entrevista ao Cruzeiro do Sul, ele esteve acompanhado dos advogados Américo de Carvalho Filho, Ricardo Lopes de Oliveira e Paulo Horta, que também compõe a chapa. Conforme Horta, a chapa está com número superior de participantes no que se refere a mulheres e negros. “Já era uma ideia que ele — Mário de Oliveira Filho — já tinha lá atrás”, comenta o advogado. “É um time muito bom, experimentado e com história”, acrescenta. As eleições da OAB-SP estão marcadas para o dia 25 de novembro, das 9h às 17h. (Marcel Scinocca)

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