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Operação Vikare

Colombiana usava loja para refinar droga

Antes da Operação Vikare, Sorocaba já havia sido alvo de outras ações policiais, como a Bandit e Dark Side

22 de Outubro de 2021 às 00:01
Da Redação [email protected]
Operação Vikare, que teve origem no Amapá, chegou a Sorocaba após trabalho de investigação.
Operação Vikare, que teve origem no Amapá, chegou a Sorocaba após trabalho de investigação. (Crédito: DIVULGAÇÃO / POLÍCIA FEDERAL)

A Operação Vikare, deflagrada na quarta-feira (20) pela Polícia Federal com o apoio do Ministério Público Federal, prendeu uma mulher colombiana, moradora de Sorocaba e colocou a cidade, novamente, no noticiário sobre o tráfico internacional de drogas.

Segundo investigações, ela usava uma loja de cosméticos de fachada em Brigadeiro Tobias para refinar drogas empregando produtos químicos. A droga abastecia o esquema criminoso. De acordo com o apurado, da loja saíam drogas refinadas para serem distribuídas em outros estados brasileiros e, até, para outros países, como Colômbia e Venezuela.

A colombiana morava em um sobrado em Brigadeiro Tobias e foi presa sob a acusação de ser uma das líderes do tráfico transnacional de drogas. A mulher, de 42 anos, foi levada ao presídio feminino de Votorantim. De acordo com a Polícia Federal, o ex-marido, também colombiano e morador do sobrado, em Brigadeiro Tobias, já havia sido preso por tráfico. Contudo, dessa vez, ele não foi alvo da operação.

Operação Bandit

Em abril deste ano, a Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Sorocaba realizou uma operação para combater o uso de aeronaves, à partir do aeroporto de Sorocaba, na logística de distribuição de drogas.

Identificada como Operação Bandit, os policiais civis cumpriram mandados de busca e apreensão e de prisão em Sorocaba, Mogi das Cruzes, Santos e São Paulo. As investigações chegaram à conclusão de que as drogas eram transportadas de Sorocaba para a região nordeste do País e de lá seguiam para a Europa.

Operação Dark Side

Um caso mais antigo, que começou em 2012, foi a operação Dark Side. A Polícia Federal (PF) em Sorocaba desmantelou uma quadrilha de policiais civis acusados de atrair traficantes internacionais para extorqui-los e confiscar a cocaína por eles trazida da Bolívia e Colômbia. A droga confiscada pelos policiais seria revendida por traficantes, inclusive na cidade. A estimativa é que, em seis meses, a quadrilha teria feito com que entrassem no País três toneladas de cocaína.

Aliados a bandidos e traficantes, os policiais se passavam por empresários interessados em adquirir a droga. Costumavam encomendar acima de 200 quilos e, no momento em que recebiam os entorpecentes droga e deveriam fazer o pagamento, identificavam-se como policiais. Tomavam a droga e exigiam propina para liberar o traficante. Os chefes pagavam a propina e iam embora, enquanto uma parte da droga era apreendida para que os policiais a apresentassem e fizessem as prisões de alguns ‘laranjas’.

A ação repercutiu em Sorocaba depois que dois comerciantes conhecidos na cidade, entre eles, um proprietário de casas de shows no Centro e no bairro Vitória Régia, foram presos durante a operação. (Da Redação)