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Sorocaba

Praça reúne história de instituidores da FUA

Colunas simbolizam os 21 fundadores; memória é compartilhada, agora, com o Colégio Politécnico

06 de Outubro de 2021 às 00:01
Ana Claudia Martins [email protected]
Laelso Rodrigues, único vivo dos 21 membros que iniciaram a instituição em 1964.
Laelso Rodrigues, único vivo dos 21 membros que iniciaram a instituição em 1964. (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO (1/10/2021))

A Praça dos Instituidores, que fica localizada na sede da Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), no Alto da Boa Vista, é um marco da fundação. Ela chama a atenção sobretudo por suas 21 imponentes colunas, como referência aos 21 membros que iniciaram a FUA. Cada uma traz o nome de um instituidor da entidade por ordem alfabética. São eles: Adail Odin de Arruda, Adonias Nóbrega de Almeida, Antônio Antunes Almeida, Antônio Novais, Benedito de Freitas Dias, Domingos Puglia Neto, Francisco Sócrates de Oliveira Camargo, Hélio da Silva Freitas, Irineu Camargo Almeida, José Aleixo Irmão, Juarez Antonio Dal Pian, Juvenal Wey, Laelso Rodrigues, Levy Godoy, Luiz Garcia Duarte, Martim Affonso, Milton Rodrigues, Nelson Guilherme Guimarães Glória, Olival Wey Pires do Amaral, Paulo Breda Filho e Paulo Pence Pereira.

Além disso, ela tem ainda uma placa de homenagem, reconhecimento e agradecimento aos 21 instituidores da FUA, fazendo do local um “Memorial de Gratidão” para aqueles que fundaram a entidade e, ao longo dos anos, fizeram sua administração, de forma voluntária.

Nos últimos meses, contudo, a Praça dos Instituidores também tem despertado a atenção e a curiosidade de outro público, formado por alunos, pais, professores e quem passa pelo local. O motivo disso é a nova unidade do Colégio Politécnico, que é mantido pela FUA.

Inaugurada em 1º de fevereiro deste ano, a unidade 2 do tradicional Poli de Sorocaba é reflexo do crescimento do colégio, cuja unidade 1 funciona desde 1999 na Vila Leão. O colégio é um dos pilares da FUA, entidade que, desde a sua constituição, promove o desenvolvimento da cidadania, por meio da educação.

Como a nova unidade está localizada na sede da fundação, a Praça dos Instituidores entrou no dia a dia do colégio. Além de parte da escola ficar ao lado da praça, ela recentemente passou a abrigar o parque que atende as crianças da educação infantil. É a simbiose total entre a história da fundação e seus valores, permitindo a integração de área tão nobre com os pequenos alunos.

“Fiquei muito feliz com a nova função dada à Praça dos Instituidores. Ela ficou praticamente 20 anos sem despertar tanta curiosidade das pessoas. Mas, atualmente, com a instalação da unidade 2 do Colégio Politécnico, e a maior circulação de pessoas, pais e alunos, já fui chamado várias vezes para falar dela e mostrar a minha coluna. Sou totalmente favorável que o Colégio continue funcionando na praça”, conta Laelso Rodrigues, um dos instituidores e único vivo entre os 21 membros.

História

Laelso lembra com carinho da história da Fundação Ubaldino do Amaral, constituída oficialmente em 31 de julho de 1964, dentro da Loja Maçônica Perseverança III. “Seu nascimento ocorreu em consequência da compra da Editora Cruzeiro do Sul S/A, avalizada pelos seus 21 instituidores”.

Ele conta que cada uma das 21 colunas traz uma placa de metal com o nome de um instituidor, e que ela foi inaugurada durante a gestão da Diretoria da FUA no período de 1999 a 2001, cujo presidente era José Hatem. “Tudo começou quando a Loja Maçônica Perseverança III, que tinha cerca de 250 crianças no Lar Escola Monteiro Lobato, recebia uma verba da antiga Febem, mas que era insuficiente para manter os atendimentos no local. Então, tínhamos que fazer muitas festas beneficentes e eventos para manter o Lar Escola Monteiro Lobato. E o Paulo Pence, um dos 21 instituidores, me procurou e disse que tínhamos que montar uma empresa que desse resultado e ajudasse a manter o Monteiro Lobato e as demais entidades da Loja. E na ocasião o jornal Cruzeiro do Sul, que já tinha mais de 60 anos de circulação, estava à venda”, recorda.

Laelso aponta ainda que fez um estudo sobre a viabilidade da compra e do resultado que poderia ser alcançado para ajudar a manter as entidades da Loja Maçônica Perseverança III e a nova empresa. Assim nasceu a FUA, que passou a mantenedora também do jornal Cruzeiro do Sul, e posteriormente do Colégio Politécnico, além das demais entidades. “Logo de início a FUA concedeu muitas bolsas de estudos e muitas pessoas foram beneficiadas. Em um só ano, 1,6 mil foram concedidas. Realmente, os 21 instituidores, com uma administração própria e sem nenhum custo, cada um exercendo uma função, conseguiram alavancar o Cruzeiro do Sul. (Ana Cláudia Martins)