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Segurança Pública

Cônsul do Japão visita sede do CPI-7 em Sorocaba

Yoshiyuki Nakatani foi recebido nesta manhã pelo comandante do CPI-7, o Coronel da PM Edson Luís da Silva Simeira

05 de Outubro de 2021 às 15:20
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O cônsul do Japão e policial Yoshiyuki Nakatani visitou na manhã desta terça-feira (5) a sede do Comando de Policiamento do Interior (CPI-7), em Sorocaba.
O cônsul do Japão e policial Yoshiyuki Nakatani e o Cel da PM e comandante do CPI-7 de Sorocaba, Edson Luís da Silva Simeira. (Crédito: Fábio Rogério )

O cônsul do Japão e policial da Província de Osaka, Yoshiyuki Nakatani, visitou na manhã desta terça-feira (5) a sede do Comando de Policiamento do Interior (CPI-7), em Sorocaba. Ele foi recebido pelo comandante do CPI-7, o Coronel da Polícia Militar, Edson Luís da Silva Simeira. 

O objetivo da visita foi estreitar laços entre a Polícia Militar do Estado de São Paulo e a polícia japonesa, por meio do Departamento de Segurança do Consulado Geral do Japão.

Após ser recepcionado pelo comandante do CPI-7, o cônsul japonês foi homenageado em uma rápida cerimônia, que ocorreu no pátio da entidade, que fica na rua General Mena Barreto, no Cerrado. Houve um desfile com a participação de policiais militares, junto com a apresentação da Banda Regimental de Música do CPI-7.

Conforme o comandante do CPI-7, o objetivo da visita foi a troca de experiência sobre procedimentos de planejamento, estratégia e execução de ações de segurança pública, com foco na polícia comunitária, além de conhecer boas práticas da corporação.

“Esse trabalho de entrosamento com a polícia do Japão e a Polícia Militar do Estado de São Paulo já ocorre há bastante tempo, principalmente na questão da filosofia da polícia comunitária, que nós desenvolvemos junto com a corporação japonesa”, destaca o Cel Simeira.

O comandante do CPI-7 destaca ainda que o foco do trabalho da polícia comunitária é o cidadão, no sentido da PM atuar de forma preventiva e trazer uma maior sensação de segurança para a comunidade.
“Dentro da filosofia de polícia comunitária temos as bases e as instalações para realizar o trabalho de forma conjunta com a comunidade e a polícia para a resolução dos problemas. Isso é o mais importante de tudo”, aponta o Cel Simeira.

O comandante do CPI-7 ressalta ainda que vários grupos de policiais do Japão já vieram para o Brasil, e que vários grupos de policiais militares de São Paulo também já foram ao país asiático para conhecer o trabalho da polícia japonesa.

O cônsul do Japão disse que como policial em seu país quer estreitar laços de amizade com os policiais do estado de São Paulo, sobretudo na questão da polícia comunitária. “Os policiais paulistas são difusores da filosofia da polícia comunitária para outros estados e até para outros países. Há cinco anos visitei o estado do Paraná para levar esse aprendizado sobre polícia comunitária aos policiais militares de lá.

“Fiquei muito emocionado em receber uma homenagem e ver a tropa formada no pátio do CPI-7. A única diferença entre a polícia japonesa e a brasileira é que no Japão é uma única corporação, e aqui no Brasil tem a Militar, a Civil e outras. O trabalho e a quantidade de ocorrências pode até variar, mas o trabalho policial é igual tanto no Brasil quanto no Japão”, afirma Yoshiyuki Nakatani.

Polícia Comunitária

A história da Polícia Comunitária começou em 1997, inspirada no modelo canadense. Foi implantada uma Base Comunitária no centro da capital paulista, que auxiliou na queda da criminalidade na região.

Apesar dos bons resultados, era preciso melhorar a questão administrativa e adaptar o programa à realidade local. Para isso, foi necessário procurar outros modelos para serem implantados em São Paulo. Entre 1999 e 2000, foi testado o modelo japonês, cujas técnicas foram consideradas mais eficazes.

O conceito importado do Japão, onde as bases comunitárias são chamadas de Koban e Chuzaisho, existe há mais de 100 anos. O prazo para obter resultados a partir da experiência com o modelo era de três anos, mas, em menos de dois, a polícia conseguiu sedimentar a sensação de segurança da população do centro da cidade de São Paulo. A comunidade já conhecia o policial e ele, por sua vez, atendia às expectativas.

Como filosofia, permeia todos os níveis da PM e é absorvida por todos os policiais militares, que aprendem e aplicam conceitos primários de solidariedade e respeito às individualidades no cotidiano do trabalho com a população. Enquanto estratégia, direciona esforços, medidas e programas institucionais no sentido de criar continuamente condições de aproximação com a população.

A diretriz do policiamento comunitário compreende o estreitamento dos laços entre a PM e a população. O trabalho é baseado no conceito de que tanto a polícia quanto a comunidade devem trabalhar juntas para identificar, priorizar e resolver os problemas, com o objetivo de melhorar a qualidade geral de vida. (Da Redação)

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