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Economia

Produtos de higiene e alimentos deixam cesta básica mais cara

Pesquisa é feita pelo Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas da Uniso

05 de Outubro de 2021 às 01:38
Ana Claudia Martins [email protected]
Sabonete foi o produto que mais subiu em setembro deste ano, com 22,64% de aumento ao consumidor
Sabonete foi o produto que mais subiu em setembro deste ano, com 22,64% de aumento ao consumidor (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO)

Produtos de higiene pessoal e alimentos deixaram a cesta básica sorocabana mais cara em setembro de 2021. O sabonete, por exemplo, foi o produto que mais subiu em setembro deste ano (22,64%), passando de R$ 2,12 a unidade de 90 gramas em agosto para R$ 2,60 em setembro. O resultado de setembro representa a terceira alta consecutiva do valor do sabonete, que no ano já acumula alta de 34,4%.

Já o valor total da cesta básica sorocabana, quando comparado com o mês anterior (agosto/2021), apresentou aumento de 2,20%, passando de R$ 957,13, para R$ 978,21, ou seja, R$ 21,08 pagos a mais pelo consumidor.

No ano, o preço da cesta básica atingiu o seu maior patamar em setembro: R$ 978,21. E quando comparado com o mesmo mês do ano anterior (setembro/2020), teve um aumento de 25,05%, ou seja, R$ 195,96 pagos a mais pelo consumidor. A alta do preço da cesta básica em setembro de 2021 (2,20%) foi no mesmo sentido do resultado medido pelo índice de inflação oficial (IPCA-15), que apresentou alta de 1,14%.

No acumulado do ano, tanto a cesta básica quanto o IPCA-15 apresentam alta de, respectivamente, 10,92% e 7,02%. A pesquisa é realizada mensalmente pelo Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas, da Universidade de Sorocaba (Uniso).

Produtos que mais subiram

Dos 34 itens pesquisados na cesta básica sorocabana, 18 deles apresentaram aumento no preço. Entre os itens que apontaram maior aumento está o sabonete (22,64%), o extrato de tomate (19,01%), o absorvente (16,22%), a cebola (13,51%) e o café (13,05%).

Depois de ter sido o segundo produto da cesta básica que registrou o maior aumento de preço no mês passado, o extrato de tomate assume novamente o segundo lugar entre os itens da cesta básica que mais aumentaram de preço em setembro, passando de R$ 3,63 (embalagem de 370 gramas) em agosto para R$ 4,32 em setembro.

A elevação do custo do seu principal insumo, o tomate, foi a principal causa desse aumento. No ano, o extrato de tomate também é o segundo item da cesta básica que mais subiu de valor (36,6%), ficando atrás apenas do frango (48,2%).

O terceiro item que teve a maior alta de preço foi o absorvente, passando de R$ 4,07 (pacote de 8 unidades) em agosto para R$ 4,73 em setembro.

Por sua vez, a cebola foi o quarto item que mais subiu de custo, cotada a R$ 3,36 o quilo em setembro ante R$ 2,96 em agosto. Apesar da elevação em seu custo, a cebola acumula queda no ano de -18%.

O café foi o quinto item com maior aumento, passando de R$ 11,80 (pacote de 500 gramas) em agosto para R$ 13,34 em setembro. Com o resultado de agosto o café registrou quatro altas consecutivas, acumulando, assim, uma elevação de 32,2% no ano.

Os principais motivos para essa alta foram: o aumento da demanda externa (exportação) e as geadas recentes que prejudicaram a sua produção.

Queda de preço

Por outro lado, o item que apresentou a maior queda de preço, no mês passado, foi o alho (-22,56%), passando de R$ 5,85 (200g) em agosto para R$ 4,53 em setembro.

Dentre os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços também se encontram: a farinha de mandioca (-10,85%), passando de R$ 4,33 (500g) em agosto para R$ 3,86 em setembro; e o sal (-7,27%), cotado a R$ 2,04 (kg) em setembro ante R$ 2,20 em agosto. (Ana Cláudia Martins)

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