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Professora afirma ter sido agredida por segurança da UPH Zona Norte

Segundo testemunhas, os seguranças e a enfermeira teriam jogado objetos na paciente, além de proferirem ofensas verbais

30 de Setembro de 2021 às 15:45
Virginia Kleinhappel Valio [email protected]
Caso aconteceu na UPH da Zona Norte nesta quarta-feira (29)
Caso aconteceu na UPH da Zona Norte nesta quarta-feira (29) (Crédito: Emídio Marques)

A professora da rede estadual Soraya Mariano dos Santos, 47 anos, afirma ter sido agredida na tarde desta quarta-feira (29) por uma segurança feminina na UPH da Zona Norte de Sorocaba. De acordo com a vítima, que estava com sintomas de Covid-19, como dores no corpo, cabeça e garganta, tudo começou quando o médico se recusou a fazer o exame de Covid, alegando que era apenas uma inflamação na garganta.

Como a paciente trabalha em uma unidade educacional, o exame é essencial para o retorno ao trabalho, além de ser um pedido da diretoria da escola. A professora então procurou a enfermeira da UPH, pedindo um exame e foi orientada a ir para a ala Covid para passar por toda a triagem novamente.

A mesma enfermeira, que orientou a professora, foi quem a atendeu na triagem. A partir de desentendimentos durante o exame de glicemia, os insultos começaram, segundo a paciente. A enfermeira chamou a segurança da UPH, que teria mandado a paciente “calar a boca”. Testemunhas disseram ter ouvido xingamentos.

Segundo a professora, que estava nervosa, a situação piorou quando ela disse ao segurança que possui problemas psicológicos, como ansiedade e síndrome do pânico. Foi então que a segurança a teria chamado de “louca” e “bosta”.

A professora jogou um copo de água na segurança feminina, que revidou, atirando uma garrafa de álcool na paciente, além de continuar com as ofensas verbais. “Eu tive uma crise de falta de ar e síndrome do pânico. Não quiseram medir minha diabetes e não fizeram exame de Covid. Me trataram muito mal. Me senti humilhada. Ainda estou nervosa e tentando me recuperar do ocorrido”, desabafa a professora.

A dona de casa Claudia Alves Rodrigues, 47 anos, estava no local e presenciou a briga. “A enfermeira que atende na triagem furou o dedo dela com força, foi aí que ela ficou nervosa e começou a discussão”. A testemunha ainda contou que o segurança do local ofendeu a professora na frente de todos os pacientes, antes da policial feminina se envolver na discussão. “Eles tratam a gente na estupidez, isso já aconteceu nesta mesma unidade com a minha filha que é especial. Eles precisam tratar a gente melhor”, finaliza.

Após o ocorrido, a professora fez um boletim de ocorrência. O jornal Cruzeiro do Sul procurou a Prefeitura de Sorocaba para esclarecer o ocorrido. A Secretaria da Saúde (SES) diz que notificou, nesta quinta-feira (30), o Instituto Diretrizes, entidade responsável pela gestão da UPH Zona Norte, solicitando um relatório completo sobre a denúncia, para que providências possam ser tomadas. A equipe de segurança da UPH Zona Norte é fornecida pelo Instituto Diretrizes e também já foi notificada da denúncia. (Virginia Kleinhappel Valio)