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Saúde

Viroses em crianças lotam unidades de saúde

22 de Setembro de 2021 às 00:01
Ana Claudia Martins [email protected]
Médica pediatra Evelyn Pasquotto Orsolini:
Médica pediatra Evelyn Pasquotto Orsolini: "pais devem ficar atentos". (Crédito: DIVULGAÇÃO)

Com o retorno das aulas presenciais e o maior contato social entre as crianças, as tradicionais viroses, diagnóstico tão comum na criançada, estão lotando os atendimentos nas unidades de saúde públicas e privadas de Sorocaba.

Os pais devem ficar atentos aos sintomas e cuidar da hidratação e da alimentação leve das crianças. E em caso de febre persistente e sintomas como vômitos, diarreia e náuseas, entre outros, procurar atendimento com o pediatra da criança.

As orientação são da médica pediatra Evelyn Pasquotto Orsolini, da Unimed Sorocaba. Ela afirma que as viroses são bastante comuns em crianças e nesta época do ano elas costumam até aumentar. “Com a pandemia, as crianças ficaram mais tempo isoladas e com isso até deixaram de pegar as tradicionais viroses da infância, sobretudo as gastrointestinais. Mas, com o retorno das aulas presenciais e com a maior socialização é normal que as viroses voltem a se disseminar entre as crianças”, diz a médica.

“As viroses afetam mais as crianças porque elas ainda têm uma imunidade não totalmente desenvolvida e assim ficam mais suscetíveis. Elas têm mais dificuldade, por exemplo, de fazer a higiene pessoal sozinhas, o hábito de lavar as mãos e tocam ou pegam com as mãos diversos objetos, além do contato com outras crianças, principalmente na escola. Então, isso é normal”, reforça a médica.

Segundo a pediatra, o convívio social das crianças as deixam mais suscetíveis às viroses, neste momento, até por conta do período de isolamento por conta da pandemia. “No entanto, o convívio social também é importante para fortalecer a imunidade nas crianças, e assim elas acabam tornando-se mais resistentes às tradicionais viroses”, afirma a especialista.

Geralmente, o tratamento de viroses em crianças é a prescrição de remédios para o alívio dos sintomas, de acordo com a orientação do pediatra: antitérmicos para controlar a febre, antieméticos para vômitos, e em alguns casos soro oral em caso de diarreia e/ou vômito, para evitar a desidratação, solução salina, para ajudar na limpeza e desobstrução das narinas, e muito líquido, principalmente com o aumento da temperatura e o calor.

Síndrome “mão-pé-boca”

A médica pediatra alerta para um surto de outra virose conhecida entre as crianças, e que afeta mais a faixa etária entre 2 a 5 anos, a chamada síndrome “mão-pé-boca”.

De acordo com a pediatra Evelyn Pasquotto Orsolini, muitos casos estão sendo diagnosticados na cidade, principalmente em crianças que frequentam creches. “A síndrome da aftas na boca, bolhas nas mãos e nos pés, e pode apresentar febre. “Geralmente, a síndrome dura uns sete dias e não evolui para quadros graves. As crianças também podem apresentar sintomas como vômito, náuseas e diarreia, e os pais devem evitar que elas tenham contato com outras crianças, pois a síndrome é altamente contagiosa”, aponta a médica. (Ana Cláudia Martins)