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Vacinação

Itapetininga confirma recebimento de doses não liberadas pela Anvisa

09 de Setembro de 2021 às 00:01
Ana Claudia Martins [email protected]
Prefeitura afirma ter recebido 13,3 mil doses dos lotes suspensos.
Prefeitura afirma ter recebido 13,3 mil doses dos lotes suspensos. (Crédito: EITAN ABRAMOVICH / ARQUIVO AFP)

A Prefeitura de Itapetininga confirmou nesta quarta-feira (8) que recebeu dois lotes dos 25 que foram suspensos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no último dia 3 de setembro. No total, a cidade aplicou 13.360 doses da Coronavac de dois lotes suspensos.

Conforme o município, com relação à interdição cautelar da Anvisa, foram enviados a Itapetininga dois lotes da vacina Coronavac/Sinovac: J202106031 recebido em 21 de julho, com 9.010 doses já aplicadas. E H202106043 recebido em 3 de agosto com 4.350 doses já aplicadas. “Do lote H202106043, 40 doses não aplicadas serão reservadas e armazenadas pelas equipes municipais, mantendo em quarentena na temperatura de +2 ºC a +8 ºC, até a conclusão da investigação pela Anvisa, conforme orientação constante em Nota Técnica do governo estadual”, informa a atual gestão municipal.

De acordo com a Prefeitura de Itapetininga, os usuários que receberam a vacina devem ser acompanhados durante 30 dias para avaliação de possíveis eventos adversos, com os devidos registros no VaciVida.

“Neste caso, a orientação é para que, caso haja algum eventual evento adverso, a pessoa entre em contato com o Departamento de Vigilância Epidemiológica, no telefone (15) 3373-5426 ou procurar pessoalmente a Vigilância Epidemiológica que fica à rua Plácido Cardoso, 140, Jardim Mesquita. Ambos de segunda a sexta, das 9 às 17 horas (exceto feriados)”, informa a Prefeitura de Itapetininga.

As cidades de Sorocaba e de Votorantim já tinham confirmado o recebimento de dois lotes cada uma.

Força-tarefa

O Instituto Butantan criou uma força-tarefa para esclarecer dúvidas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre os lotes suspensos de Coronavac. A primeira reunião foi realizada na tarde desta segunda-feira (6), com a participação do diretor presidente do Butantan, Dimas Covas, e da gerente de qualidade, Patrícia Meneguello.

Durante o encontro, foram apresentados mais dados que demonstram a segurança e a qualidade dos imunizantes. O objetivo do grupo é agilizar a liberação dos lotes o mais rapidamente possível para o Programa Nacional de Imunizações (PNI), considerando a urgência dentro do contexto pandêmico.

O Butantan reforça que, neste momento, é importante reunir esforços para que a avaliação dos lotes bloqueados seja feita o mais breve possível, tendo sempre em vista o compromisso com a saúde pública.
O Butantan afirma que a medida da Anvisa não deve causar alarmismo. Foi o próprio Instituto que comunicou o fato à agência, após atestar a qualidade das doses recebidas.

O Instituto Butantan encaminhou à Anvisa há 15 dias toda a documentação necessária para a certificação do processo de produção em que foram feitas essas doses. (Ana Cláudia Martins)