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Sorocaba

Restaurantes mantêm medidas de prevenção sanitária contra Covid

07 de Setembro de 2021 às 00:01
Vinicius Camargo [email protected]
Viviane Mara Felício diz que orientação é garantir segurança do cliente e funcionários.
Viviane Mara Felício diz que orientação é garantir segurança do cliente e funcionários. (Crédito: DIVULGAÇÃO)

Mesmo na fase Retomada Segura do Plano São Paulo, restaurantes de Sorocaba mantêm diversas medidas de prevenção à Covid-19. Nos estabelecimentos, permanecem regras como número reduzido de mesas e quantidade de clientes em cada uma e o distanciamento social. No dia 16 de agosto, o Governo do Estado de São Paulo anunciou a liberação de operação desses locais com 100% da capacidade. Também retirou as restrições de horários de operação.

Os restaurantes Cozinha Fit e Massa Tube já estão funcionando conforme as novas determinações, segundo a proprietária de ambos, Viviane Mara Felício. De acordo com ela, nas fases anteriores do Plano São Paulo, os estabelecimentos operavam apenas quatro horas por dia. Agora, com a flexibilização, funcionarão durante 13 horas diárias, das 9h às 22h.

Já outras limitações ainda serão mantidas por Viviane, para garantir a segurança dos clientes. Uma delas é o funcionamento com capacidade reduzida. Antes da pandemia, os restaurantes da empresária contavam com 12 mesas. Em meio à crise sanitária, a quantidade foi reduzida para oito, número que permanecerá, ao menos por enquanto.

A quantia de pessoas sentadas em cada mesa igualmente continua limitada a duas. Anteriormente, o total era de até quatro. Os demais protocolos sanitários adotados nos locais também não foram deixados de lado. “Quando um cliente sai, higienizamos o banco (mesa) dele. Disponibilizamos luvas para a retirada da refeição do buffet e há álcool em gel em todas as mesas. Também orientamos o uso da máscara durante a retirada do alimento e enquanto o cliente está circulando no salão”, diz Viviane.

Para se adequar à nova realidade e incentivar as pessoas a seguirem as medidas sanitárias, Viviane fez até mudanças na estrutura do Cozinha Fit. “Antes, tinha só o banheiro normal. Para as pessoas terem mais o costume de lavar as mãos, fizemos mais uma pia fora do banheiro”, conta. Além disso, ela ampliou o local, para receber mais clientes, mas sem prejudicar o distanciamento.

O proprietário do Chico Rosa, Guilherme Moron, informa que o restaurante voltou a trabalhar com capacidade total. Porém, mantendo a distância necessária de aproximadamente um metro entre as mesas. O limite de clientes por mesas igualmente foi ampliado, passando de quatro para oito. O estabelecimento também retirou as restrições de horário. Agora, abre às 18h e fecha por volta das 23h, de quarta a sexta. Aos finais de semana, inicia as atividades às 12h e encerra em torno de 0h30.

No local, os frequentadores também continuam a usar máscara de proteção quando circularem e a higienizar as mãos com álcool em gel. Os displayers estão nas mesas, nas entradas e nos banheiros. Segundo Moron, apesar das flexibilizações, a rotina não voltou totalmente ao normal, pois a pandemia não acabou. Por isso, esses cuidados continuam sendo essenciais. “Ainda vai levar um tempo (para tudo voltar ao normal), até para nos adaptarmos e para garantirmos a segurança dos frequentadores e dos funcionários”, considera. (Vinicius Camargo)

“Regras sanitárias vão ficar por muito tempo”

Rosana Maria Paiva dos Anjos, médica infectologista e professora da PUC. - DIVULGAÇÃO
Rosana Maria Paiva dos Anjos, médica infectologista e professora da PUC. (crédito: DIVULGAÇÃO)

A infectologista Rosana Maria Paiva dos Anjos, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC), campus Sorocaba, avalia que o abrandamento das restrições não deve favorecer o agravamento da pandemia. Para a especialista em saúde pública, a conduta do governo estadual “não é ousada ou não esperada. Essa retomada teria que acontecer, em algum momento”, disse.

Conforme ela, além das determinações relativas à capacidade e horários de funcionamento, as outras não foram flexibilizados. “As regras sanitárias estão em vigência e vão ficar por muito tempo”, reforça.

De acordo com a médica, a própria liberação de 100% da capacidade deve obedecer a critérios específicos. “100% é em cima do distanciamento social. O restaurante não está liberado para funcionar como antes, mas, sim, de acordo com as regras atuais. As mesas devem ter distanciamento e as pessoas não devem estar aglomeradas”, pontua.

Por isso, ela acredita que o momento é de “responsabilidade e de cautela individual”. Isto é, os empresários e as pessoas devem se preocupar em continuar a cumprir os protocolos sanitários. “As pessoas precisam continuar conscientes, mantendo o seu radar ligado, porque grandes aglomerações não foram liberadas. Cabe a elas saberem que o vírus ainda está circulando e que pessoas estão morrendo”, frisa.

O Sindicato de Hotéis Restaurantes Bares Similares de Sorocaba não estabelecerá regras específicas para o funcionamento de estabelecimentos da cidade. Sendo assim, de acordo com o presidente da entidade, Renato Virgílio Rocha Folha, os locais deverão respeitar as resoluções estaduais.

Rocha Folha avalia a flexibilização como positiva para o setor. Contudo, assim como Rosana, salienta não ser o momento de reduzir a vigilância, sobretudo, devido às novas ondas da pandemia. “É uma oportunidade de tentarmos recuperar o desgaste que tivemos na parte econômica, mas levando em conta que todas as prevenções devem continuar, para que não seja necessário o fechamento de novo”, comenta. (Vinicius Camargo)

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