Crise hídrica
Ministério Público e Polícia Ambiental fazem fiscalização sobre situação da represa de Itupararanga
Operação montada nesta quinta-feira (2) verificou vazão e situação das margens do local
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), e a Polícia Ambiental, fizeram nesta quinta-feira (2) uma operação para fiscalizar a situação da represa de Itupagaranga. Uma nova fiscalização já está sendo programada.
A ação da terça-feira foi iniciada por volta das 5h30, quando as equipes da Ambiental deixaram a base, no Alto da Boa Vista, com destino a Itupararanga, em Votorantim. Dois barcos estão sendo usados na operação. “Vamos verificar se tem captação de água clandestina, que pode comprometer a qualidade da água do reservatório e eventuais crimes ambientais que possamos encontrar, em situação de flagrante”, afirma o promotor Antonio Domingues Farto Neto. Ele lembrou ainda da importância da redução da vazão realizada pela empresa que administra o local. “Isso preserva um pouco o reservatório”, avalia. A análise da vazão ocorreu antes da vistoria, feita às margens da represa.
“Realmente, a situação é alarmante e preocupaste”, afirma o capitão Felipe, que coordena a ação da parte da Polícia Ambiental, sobre o nível atual da represa. Ele também ressaltou a necessidade de conscientização sobre o consumo de água e energia elétrica. A ação também conta com a participação da Prefeitura de Sorocaba. André Moron, chefe de Gabinete do Executivo sorocabano, acompanha a fiscalização do MP e da Ambiental.
Os relatórios da expedição serão encaminhados para o Comitê de Bacias do rio Sorocaba e Médio Tietê. Nenhum flagrante foi constatado, mas uma nova diligência está sendo agendada, em parceria com os órgãos do setor, incluindo o Departamento de Aguas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo. O objetivo é verificar, em especial, os pontos de retirada de água clandestina de Itupararanga. Ainda não há uma data certa para a nova ação.
“Provavelmente, nós vamos tentar fiscalizar o maior número de pontos possíveis para investigar duas coisas basicamente: a retirada de água clandestina, sem outorga, e medir os locais de retirada de água com outorga, para saber se a retirada de água está dentro da vazão está autorizada. Essa diligência maior ainda não tem data marcada, vai depender de um acordo que nós vamos fazer com a Polícia Ambiental”, termina o promotor.