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Economia

CBA anuncia investimentos de R$ 2 bilhões em Alumínio

Os investimentos preveem a ampliação, reforma e modernização das linhas dos fornos de produção de alumínio

31 de Agosto de 2021 às 00:01
Ana Claudia Martins [email protected]
Uma das ações será a reativação de dois fornos que foram fechados em 2014.
Uma das ações será a reativação de dois fornos que foram fechados em 2014. (Crédito: DIVULGAÇÃO)

A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), empresa do grupo Votorantim, anunciou, na quinta-feira (26), que irá investir cerca de R$ 2 bilhões com a implantação de novos projetos na fábrica de Alumínio, na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS).

A divulgação foi feita pelo CEO da CBA, Ricardo Carvalho, em entrevista coletiva à imprensa, sobre o novo momento da Companhia, que recentemente abriu capital na Bolsa de Valores, o chamado IPO (sigla em inglês que significa oferta pública inicial, que é o processo no qual uma empresa abre seu capital pela primeira vez, recebendo sócios por meio de uma oferta de ações no mercado).

Segundo Ricardo Carvalho, a maior parte dos investimentos em torno de R$ 2 bilhões na fábrica de Alumínio será captada por meio da oferta de ações da empresa no mercado, o que deverá gerar empregos e aumento de produção. “Durante a implantação de novos projetos tanto na CBA, quanto na Metalex, que fica em Araçariguama, deverão ser gerados aproximadamente 1,7 mil empregos, e após a conclusão dos projetos cerca de 350 empregos fixos”, destaca o CEO da CBA.

Carvalho informa ainda que na Bolsa de Valores serão negociadas 24% das ações da empresa, sendo que os 76% restantes continuam com o grupo Votorantim, que seguirá sendo o maior acionista da CBA Alumínio.

Os investimentos preveem a ampliação, reforma e modernização das linhas dos fornos de produção de alumínio, bem como na atualização da tecnologia utilizada na linha de produção. “A fábrica tinha 7 linhas de produção, os chamados fornos, mas duas linhas estavam paradas desde a crise energética de 2014, e agora iremos reativá-las, o que deverá aumentar a produção”, destaca Carvalho.

Para produzir alumínio, a empresa faz a extração de toneladas de bauxita, que chegam todos os dias à fábrica da CBA, em Alumínio, vindas das minerações de unidades próprias e de parceiros.

Em seguida, a bauxita é moída e misturada a outros elementos, conseguindo uma forma pastosa e densa. Essa pasta é misturada com soda cáustica a 150ºC e percorre assim as etapas de decantação, filtragem, precipitação e calcinação para se transformar em óxido de alumínio, também chamado de alumina. Então, a alumina é levada para fornos, onde reage estimulada por correntes elétricas e torna-se alumínio líquido.

Depois, o alumínio líquido é encaminhado para a fundição, onde torna-se novamente sólido e surge, assim, o alumínio primário, que é moldado e assume quatro formas diferentes: lingotes, tarugos, placas e vergalhões.

Produção será 22,85% maior

Segundo dados da CBA, atualmente a fábrica de Alumínio tem capacidade de produção de 350 mil toneladas por ano de alumínio primário. Com a expansão, a estimativa da empresa, é que a produção anual aumente para 430 mil toneladas por ano.

Já a capacidade atual de produção de alumínio transformado é de 179 mil toneladas por ano. E a capacidade de reciclagem atual é de 235 mil toneladas por ano, considerando a fábrica de Alumínio e a Metalex.

Além dos cerca de R$ 2 bilhões de investimentos na fábrica da CBA, em Alumínio, a empresa também anunciou que pretende investir outros R$ 2 bilhões na produção de bauxita no Pará, no chamado projeto Alumina Rondon.

Ainda na região Nordeste, a CBA também fará investimentos de R$ 150 milhões em um projeto de geração de energia eólica, na divida entre Pernambuco e Piauí. O fornecimento de energia será destinado às fábricas de Alumínio e de Itapissuma, com início previsto para 2023. (Ana Cláudia Martins)