Sorocaba
Nível de Itupararanga baixa em ritmo lento
Após as medidas sugeridas pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sorocaba e Médio Tietê terem sido colocadas em prática, o nível da represa de Itupararanga, que abastece cerca de 85% de Sorocaba e alguns municípios da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), continua baixando, mas em ritmo mais lento. Ontem (27), o volume útil do reservatório era de 26,08%.
As medidas de redução da vazão defluente do reservatório de Itupararanga foram implantadas pela Votorantim Energia, empresa responsável pela gestão do reservatório, desde o último dia 11 de agosto, por conta da estiagem prolongada que afeta os mananciais da RMS.
Segundo o vice-presidente do Comitê de Bacia Hidrográfica de Sorocaba e Médio Tietê e coordenador da Câmara Técnica de Planejamento e Gerenciamento de Recursos Hídricos, André Cordeiro Alves dos Santos, dados apontados em reunião realizada na quinta-feira (26) com membros do Comitê, prefeitos da RMS, Ministério Público, entre outros, desde que as medidas foram adotadas o nível da represa de Itupararanga passou a baixar menos de 10 centímetros por semana. Antes, o nível do reservatório estava caindo entre 20 a 30 centímetros por semana.
“A situação ainda é bastante preocupante por conta da falta de chuvas e a previsão de que elas estão abaixo da média histórica para o período. Mas, com esse maior controle para impedir que o nível da represa baixe cada vez mais rápido, o objetivo é segurar o volume até início de novembro. Se chover antes e de forma volumosa na região, aí alivia um pouco a situação”, aponta André.
Ele ressalta que é preciso evitar que o nível da represa chegue ao patamar mínimo, o chamado “volume morto”, porque cidades da RMS, como Alumínio, Mairinque e Ibiúna, não iriam mais conseguir captar água da represa.
Uma nova reunião está marcada para terça-feira (31). Na ocasião, além do nível de Itupararanga, será discutido a qualidade da água do rio Sorocaba, por conta da redução da vazão defluente da represa.
“Também estamos cobrando dos municípios da RMS que apresentem seus planos de contingência por conta da estiagem prolongada, e que eles sejam apresentados para os munícipes de forma mais transparente”, afirma André.
Já a Votorantim Energia informa que as reduções de vazão defluente estão sendo implementadas em decorrência das reuniões do Comitê, que estabelece de forma emergencial e excepcional algumas regras operacionais, que deverão permanecer ativas até que o volume útil do reservatório alcance 50% de sua capacidade. (Ana Cláudia Martins)