A fumaça causada pelas queimadas provocou uma névoa densa sobre Sorocaba e cidades da região, desde domingo (22), trazendo problemas às pessoas e prejuízo ao meio ambiente.

Sorocaba já registrou este ano quase o total de queimadas ocorridas no mesmo período de 2020. Segundo dados do Corpo de Bombeiros, de janeiro de 2021 até ontem (23), a cidade teve 626 ocorrências de incêndio em vegetação na cidade contra 661 no mesmo período do ano passado. Já em todo o ano passado, Sorocaba teve 950 ocorrências de incêndio em vegetação.

Ainda conforme levantamento do Corpo de Bombeiros de Sorocaba, em 2019, a cidade registrou 1.090 ocorrências de incêndio em vegetação. No período de janeiro a 23 de agosto de 2019 foram total 742 ocorrências de incêndio em vegetação.

No início da tarde de ontem, um incêndio em uma mata podia ser visto na região do bairro Campolim, entre Sorocaba e Votorantim. Já no domingo (22), um incêndio no bairro Ipanema do Meio atingiu uma ponte de madeira, que acabou desabando. No momento da queda da ponte não havia nenhum veículo passando. Uma viatura do Corpo de Bombeiros esteve no local para apagar o incêndio. Ninguém ficou ferido.

Questionada a respeito, a Prefeitura de Sorocaba informa que equipes da Secretaria de Serviços Públicos e Obras (Serpo) e do Saae/Sorocaba foram até o local para verificar a situação e levantar as providências necessárias.

“Equipes da Urbes também já sinalizaram a área para desvio momentâneo do tráfego. A Serpo está levantando os materiais necessários e os custos envolvidos para a reconstrução da ponte de forma segura, o mais brevemente possível”.

O Corpo de Bombeiros de Sorocaba alerta que as queimadas costumam aumentar bastante nesta época do ano, que é bastante seca, e a estiagem que atinge a região propicia ainda mais o alastramento de queimadas em toda a RMS.

As queimadas causam graves problemas de saúde pública, aumentando o número de adultos e crianças com problemas respiratórios crônicos, como a asma, devido à fumaça produzida e pela fuligem lançada na atmosfera, além de danos ao meio ambiente, dizimando a fauna e a flora típica do local.

As pessoas também podem contribuir não ateando fogo em mato, lixos e folhas; descartando corretamente lixo, entulhos de construção, restos de poda e folhas secas; não jogando bituca de cigarro em vias públicas e orientando parentes, amigos e vizinhos sobre os problemas causados pelas queimadas. Além disso, é muito importante que os terrenos sejam mantidos limpos pelos proprietários.

“Orientamos ao cidadão que nunca jogue pontas de cigarro em locais inapropriados, principalmente nas rodovias, próximo a vegetações. A bituca, além de poluir, pode provocar grandes incêndios. Evite fazer fogueiras - as fagulhas podem ser levadas pelo vento e espalhar as chamas. Caso seja necessário, procure uma área afastada e sem vegetação. Nunca queime seu lixo, qualquer descuido pode ocasionar grandes incêndios. Tente reciclar. Se você vive em áreas rurais, mantenha seu terreno limpo, capine as cercas e divisas de sua propriedade. Previna que incêndios nas redondezas se alastrem para o seu terreno. Separe as plantações com barreiras (caminhos) para evitar a propagação do fogo, caso isso ocorra”, informa a corporação.

Caso o fogo na vegetação esteja próximo a sua residência, comunique seus vizinhos e acione o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.

“Lembrando que causar incêndios em florestas é crime ambiental, sujeito a multa e prisão. O uso indiscriminado das queimadas em áreas rurais, além de provocar o empobrecimento do solo, também pode ser considerado crime contra o meio ambiente”, destaca o Corpo de Bombeiros. (Ana Cláudia Martins)