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Tensão

Coronel Aleksander Lacerda é afastado do comando do CPI-7 por ato de indisciplina

Decisão do governador do Estado, João Dória (PSDB), ocorre após publicações contra o STF e em favor de atos no 7 de Setembro

23 de Agosto de 2021 às 09:52
Marcel Scinocca [email protected]
Coronel estava no comando do CPI-7 desde fevereiro de 2020
Coronel estava no comando do CPI-7 desde fevereiro de 2020 (Crédito: Divulgação)

O comandante da Polícia Militar e chefe do Comando de Policiamento do Interior-7, de Sorocaba, coronel Aleksander Lacerda, for afastado de suas funções pelo governador São Paulo, João Doria (PSDB), por ato de indisciplina. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (23) pelo próprio chefe do Executivo estadual.

A decisão de Dória ocorreu após o Coronel publicar, em suas redes sociais, mensagens de convocação para a manifestação bolsonarista previstas para 7 de setembro.

Aleksander Toaldo Lacerda assumiu em no CPI-7 em fevereiro de 2020 no lugar do Cel. PM Williams de Cerqueira Leite Martins. Aleksander já esteve à frente do comando do 7º Batalhão de Polícia Militar do Interior, na região de Sorocaba como Tenente Coronel. Desde o ano passado, entretanto, ele ocupava a geral do CPI-7, representando os batalhões de Sorocaba 7º BPM/I de Sorocaba, 12º BPM/I de Botucatu, 22º BPM/I de Itapetininga, 40º BPM/I de Votorantim, 50º BPM/I de Itu, 53º BPM/I de Avaré e 54º BPM/I de Itapeva.

O Comando de Policiamento do Interior-7 é responsável por 78 municípios, incluindo os 27 da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS). Ainda não há detalhes sobre o afastamento e também sobre quem ocupará o lugar do coronel.

Repercussão

O deputado estadual Agente Federal Danilo Balas (PSL) usou suas redes sociais para criticar a decisão do governador, afirmando que “foi absurda e autoritária”. O parlamentar transmitiu ainda a sua solidariedade ao coronel Aleksander Lacerda.

Capitão Derrite (Progressistas), deputado federal, também se manifestou. Em vídeo à Rede Jovem Pan, ele manifestou apoio ao PM afastado. Segundo Derrite, o afastamento foi injusto. "Denota-se aqui, mais uma vez, uma grave violação à liberdade de expressão, que é um direito constitucional", disse. O parlamentar afirmou ainda que o policial foi afastado sem direito à ampla defesa. Por fim, ele declarou repúdio ao afastamento.