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Covid-19

Cidade vacina todos os adultos com pelo menos uma dose

Hoje, começa a imunização de adolescentes, mas há vacina para outros públicos

20 de Agosto de 2021 às 00:01
Ana Claudia Martins [email protected]
Maria Eduarda tomou a vacina ontem:
Maria Eduarda tomou a vacina ontem: "alívio e contentamento". (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO (19/8/2021))

Depois de sete meses do início da imunização contra a Covid-19, Sorocaba encerrou ontem (10) a vacinação de adultos, com 18 anos ou mais. O início da imunização começou no dia 20 de janeiro de 2021. Desde então, a cidade vacinou 521.891 pessoas com, pelo menos, uma dose das vacinas, o que representa 100,48% do público-alvo.

Hoje (21), Sorocaba inicia a vacinação de adolescentes de 17 anos completos com comorbidades ou deficiência permanente, além de gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto) da mesma faixa etária. Foram disponibilizadas duas mil vagas para esses públicos por sistema de agendamento. A vacinação ocorrerá das 9h às 16h, em seis Unidades Básicas de Saúde (UBSs): Brigadeiro Tobias; São Bento; Aparecidinha; Habiteto; Éden e Wanel Ville.

Segundo a Prefeitura de Sorocaba, foram aplicadas, até a última quarta-feira (18), 706.898 doses das vacinas contra a Covid-19 na população, sendo 503.852 da primeira aplicação, 185.007 da segunda dose e 18.039 da dose única.

Segundo a projeção populacional da Fundação Sistema Estadual de Análise e Dados (Seade), há 519.385 pessoas da população adulta (a partir dos 18 anos) em Sorocaba. Dessa forma, a porcentagem de adultos imunizados com, pelo menos, uma dose na cidade já chega a 100,48% (521.891 pessoas) e com a segunda dose e mais a dose única, 39,09% (193.022 pessoas).

Também até a última quarta-feira, a cidade já tinha recebido do governo estadual 765.251 doses das vacinas contra a Covid-19, sendo 308.825 da Astrazeneca (Oxford), 339.207 da Coronavac (Sinovac), 99.180 da Pfizer e 18.039 da Janssen.

Finalmente vacinadas

Os jovens de 18 anos foram os últimos a receber a primeira dose da vacina contra a Covid-19 em Sorocaba, assim como em todo o país, conforme o calendário estadual e federal de imunização. Após sete meses de espera, o sentimento foi de alívio.

Assim definiu a jovem Maria Eduarda Luiz de Oliveira, 18 anos, que tomou a primeira dose da Coronavac ontem, no início da tarde, na Universidade de Sorocaba (Uniso).

“Estava muito ansiosa e parecia que esse dia nunca iria chegar. É um sentimento de alívio misturado com contentamento”, afirma. A jovem disse ainda que chegou a ficar frustrada achando que a data tão sonhada não chegaria nunca. Sorte que ocorreram alguns adiantamentos e fui vacinada”, destaca.

Janaína Ramos, 19 anos, também tomou a primeira dose ontem e ficou aliviada. “Foi uma longa espera e finalmente chegou a minha vez. É um sentimento de alívio e de mais segurança. Agora em menos de um vez é só tomar a segunda dose”, comemora.

Sentimento de missão cumprida também para os profissionais da saúde e estagiários que ajudaram desde o início na campanha de vacinação contra a Covid-19 em Sorocaba.

Na Uniso, um dos locais de imunização, uma faixa com balões, colocada em um dos pontos de aplicação das doses, resumiu o sentimento de todos pelo momento histórico atingido: “ninguém nunca construiu algo incrível sozinho”.

Operação de guerra

Apesar do primeiro caso oficial de Covid-19 ter sido confirmado no Brasil em 26 de fevereiro de 2020, a vacinação contra a doença começou em Sorocaba somente no dia 20 de janeiro deste ano.

A primeira pessoa imunizada, na Unidade Básica de Saúde (UBS) da Vila Hortência, foi a enfermeira Fernanda Garbo Costa Pereira. A cidade recebeu o primeiro lote da vacina um dia antes (19 de janeiro), com 9.280 doses.

No restante do país, a imunização teve início dois dias antes (18 de janeiro de 2020) em 15 estados. Em São Paulo (capital), teve início no dia 17 de janeiro de 2020 quando a enfermeira Mônica Calazans, 54 anos, recebeu uma dose da vacina Coronavac, no Hospital das Clínicas, depois que a Anvisa aprovou seu uso emergencial naquela mesma data. Ela foi a primeira pessoa vacinada no Brasil. (Ana Cláudia Martins)