Sorocaba
PIB da região de Sorocaba cresce 15,87%, diz Seade
Valor saltou de mais de R$ 26 bilhões para R$ 30,2 bilhões, na comparação
A Região Administrativa de Sorocaba apresentou crescimento de 15,87% em seu Produto Interno Bruto (PIB) -- soma de todos os bens e serviços produzidos em um dado período -- em valores absolutos no primeiro trimestre de 2021 na comparação com o mesmo período de 2020. O valor do PIB saltou de mais de R$ 26 bilhões para R$ 30,2 bilhões. As informações foram divulgadas pela Prefeitura de Sorocaba com base nos dados da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) no dia 9 de agosto.
De acordo com o Seade, tendo por base o 1º trimestre de 2020, período relativo aos primeiros efeitos da pandemia, o Produto Interno Bruto - PIB paulista cresceu 6% no 1º trimestre de 2021, com resultados positivos em todas as 16 regiões administrativas, com destaque para Campinas (18,36%), com o melhor resultado, seguida por Sorocaba, que obteve crescimento de 15,87%. Considerando o índice do PIB do 1º trimestre de 2020 igual 100, todas as regiões do Estado de São Paulo mostram nível de atividade econômica superior ao período pré-pandemia, segundo dados da instituição paulista.
Porcentualmente, conforme divulgou a Prefeitura de Sorocaba, o crescimento do PIB alcançado por Sorocaba e região foi superior ao da Região Metropolitana de São Paulo, que apresentou uma alta de 11,42%, e de todo o Estado de São Paulo, cuja elevação no 1º trimestre foi de 13,20%. “Comparando-se com o cenário nacional, a diferença é ainda superior, uma vez que o PIB brasileiro teve um aumento, no mesmo período, de 11,11%, também em valores correntes”, afirma.
Rota de desenvolvimento
“Estamos trabalhando diuturnamente para que Sorocaba se consolide, cada vez mais, na rota do desenvolvimento, em sintonia com os esforços da iniciativa privada e de toda a sociedade. É o que tem nos permitido reassumir a posição de liderança e protagonismo, que é da nossa cidade”, afirma o prefeito Rodrigo Manga (Republicanos), que, a partir de 2022, assume a presidência da Região Metropolitana de Sorocaba.
Boas expectativa e ressalvas
“Temos que lembrar que, em relação a 2020, nós tivemos uma queda bastante acentuada do PIB, aqui mesmo na região, que não sofreu quanto as outras, mas de qualquer maneira, apresentou impacto”, disse a economista Carla Giuliani. “Agora, o que está acontecendo é que a indústria está voltando. Se não para os seus níveis anteriores, mas mostrando que há uma retomada”, comenta.
Ainda conforme ela, com o avanço da vacinação, há ainda mais expectativas de melhora. “Isso tudo está fazendo com que haja essa melhoria, mostrando a pujança da região. Só estamos perdendo para Campinas”, frisa. Campinas é maior que Sorocaba e está circundada por outras cidades que tem um PIB bastante alto. “Por enquanto, eu ainda não posso dizer que nós estamos na nossa almejada situação econômica pretendida. Mas posso dizer é que estamos ao encontro.”
A economista lembrou também que, se o governo federal conseguir passar pela crise política que está enfrentando e a vacinação aumentar ainda mais, atingiremos a meta desejada. “Vamos esperar, porque julho nós ainda não temos os dados. Ainda estão se consolidado. Então, vamos ver como o que vai acontecer. Há ainda muitas indústrias que ainda não estão trabalhando na sua totalidade”, comenta. Ainda conforme ela, outras empresas perderam os seus fornecedores com a pandemia e micro fornecedores acabaram por fechar as portas.
Vale lembrar que a região administrativa de Sorocaba é compreendida pelo eixo de duas rodovias, a Raposo Tavares, que inclui Alumínio, São Roque e Itapetininga, e Castelo Branco, com Itu e Boituva. Frequentemente, as rodovias são lembradas como fator de desenvolvimento para a região, em função da alta capacidade de escoamento do produção e da mobilidade para o setor de serviço, agricultura e turismo. (Marcel Scinocca)