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Sorocaba

Óleo, carne e frango são campeões de aumentos

Preço da cesta básica em Sorocaba subiu 32,43% em um ano

06 de Agosto de 2021 às 00:01
Ana Claudia Martins [email protected]
Preço do óleo de soja quase dobrou.
Preço do óleo de soja quase dobrou. (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO (5/8/2021))

O preço dos alimentos que formam a cesta básica sorocabana tem pesado no bolso do consumidor. Pesquisa aponta que, nos últimos 12 meses, entre os 34 produtos que compõem a cesta básica sorocabana, os itens que mais subiram foram: o óleo de soja (96,20%), a carne de 1ª (71,78%), o frango (56,01%) e a carne de 2ª (45,85%).

No caso do óleo de soja, a embalagem de 900 ml custava R$ 4,03 em julho de 2020 e no mês passado chegou a R$ 7,91. Para comprar o mesmo produto, em um ano, o consumidor pagou quase o dobro -- ou seja, R$ 3,88 reais a mais.

Já o preço do quilo da carne de 1ª também subiu bastante no período de um ano. Enquanto o consumidor pagava R$ 26,13 pelo quilo da carne em julho do ano passado, no mesmo mês de 2021, o quilo custava R$ 44,89 -- isto é, R$ 18,76 a mais. Com isso, o churrasco do fim de semana ficou mais caro e teve que ser adiado, já que com a pandemia, a orientação é evitar a aglomeração de pessoas. Pelo menos, foi possível economizar e comprar menos carne, fazendo o churrasco somente para a família.

Nem o frango escapou de tantos aumentos em um ano. Conforme a pesquisa, o quilo subiu 56,01% no período, e enquanto o consumidor pagava R$ 6,74 pelo quilo do frango em julho de 2020, no mês passado o mesmo produto custava R$ 10,52. São R$ 3,78 pagos a mais pelo frango no almoço de domingo, por exemplo.

O da carne de 1ª, subiu 70%; consumidora se diz "humilhada". - FÁBIO ROGÉRIO (5/8/2021)
O da carne de 1ª, subiu 70%; consumidora se diz "humilhada". (crédito: FÁBIO ROGÉRIO (5/8/2021))

A carne de 2ª também não escapou dos aumentos. O quilo que custava R$ 20,40 em julho do ano passado passou para R$ 29,75 em julho de 2021. O consumidor teve que desembolsar R$ 9,35 a mais para comprar um quilo de carne de 2ª.

Mais baratos

No mesmo período, a cesta básica sorocabana também apresentou produtos que tiveram queda de preço. Os que ficaram mais baratos para o consumidor são: a cebola (-52,72%), a batata (-30,06%), o alho (-21,17%), extrato de tomate (-15,55%) e o feijão (-10,03%).

A cebola foi o produto que mais caiu de preço no período de um ano. Enquanto o quilo custava R$ 6,40 em julho de 2020, no mesmo mês deste ano, o quilo caiu para R$ 3,03. O que representa um alívio para o bolso do consumidor de R$ 3,38.

A batata seguiu a mesma tendência de queda e o preço do quilo caiu de R$ 4,58 para R$ 3,20 no período de 12 meses, ou seja, economia de R$ 1,38. O alho (200 gramas) custava R$ 7,32 e caiu para R$ 5,77 nos últimos 12 meses, o que significa uma diferença de menos R$ 1,55. Já o extrato de tomate, que custava R$ 3,56 há um ano, passou para R$ 3,00 no mês passado, economia de 55 centavos somente. E o quilo do feijão também apresentou uma leve queda no período, passando de R$ 8,48 para R$ 7,63 -- uma economia de R$ 0,85.

Os dados são pesquisados pelo Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade de Sorocaba (Uniso) e divulgados mensalmente.

Cesta básica subiu

O preço da cesta básica sorocabana em julho de 2021, quando comparado com o mesmo mês do ano anterior (julho/2020), teve um aumento de 32,43% -- ou seja, R$ 233,94 pagos a mais pelo consumidor. Quando comparado com o mês anterior (junho/2021), o preço da cesta apresentou um aumento de 0,53%, passando de R$ 950,41 para R$ 955,41; ou seja, R$ 5 pagos a mais
pelo consumidor.

No mês passado, os produtos que tiveram os maiores aumentos de preços, conforme a Tabela 3, foram: a farinha de mandioca (11,0%), o achocolatado (6,5%), o absorvente (5,6%), o açúcar refinado (5,5%) e o frango (4,0%). Em contrapartida, os produtos que apresentaram as maiores quedas foram: a cebola (-20,0%), o alho (-6,9%) a batata (-6,9%), o extrato de tomate (-6,7%) e o desodorante roll-on (-5,4%).

A alta do preço da cesta básica em julho de 2021 (0,53%) foi no mesmo sentido do resultado medido pelo índice de inflação oficial (IPCA-15), que apresentou alta de 0,72%. No acumulado do ano, tanto a cesta básica quanto o IPCA-15 apresentaram alta de, respectivamente, 8,34% e 4,88%.

A dona de casa Eliana Simon Janfre, 70 anos, concorda que os preços dos alimentos subiram nos últimos meses, sobretudo as carnes e o frango. “A carne subiu demais e os preços estão um absurdo. Hoje mesmo vou comprar R$ 10 de carne só. Já estou enjoada de comer frango e não gosto de carne suína. É uma humilhação para os brasileiros pagar tudo isso pelos alimentos”, reclama. (Ana Cláudia Martins)

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