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Polêmica

Rodeios: Justiça aguarda manifestação das partes

Projeto de Lei no Legislativo tenta revogar lei sancionada pelo prefeito Rodrigo Manga pela volta dos rodeios na cidade

03 de Agosto de 2021 às 01:38
Marcel Scinocca [email protected]
(Crédito: DIVULGAÇÃO)

O Instituto Cahon e o vereador Cícero João (PTB) têm 15 dias para informar à Justiça se pretendem seguir em frente com os processos contra a votação da Câmara de Sorocaba, de 22 de julho, que permite a volta dos rodeios na cidade.

Cahon e o parlamentar entraram com mandado de segurança contra a votação por entender que o número necessário de votos favoráveis ao projeto não foi atingido. Após a votação, ambos entraram com um mandado de segurança para suspender a votação.

No caso do Cahon, o instituto deve esclarecer se persiste seu interesse de agir, “visto que o ato da impetração foi sancionado, promulgada a Lei 12.326, de 26 de julho de 2021. Ressalto que o pedido liminar e a segurança ao final postulada, concernem à suspensão da votação e aprovação do projeto de lei vergastado”, afirma a juíza Karina Jemengovac Perez.

A juíza afirma no despacho da ação impetrada por Cícero João que o controle do processo legislativo é admitido pelo Supremo Tribunal Federal, cujo entendimento é firme quanto à possibilidade de parlamentares impetrarem mandado de segurança para proteger seu direito ao devido processo legislativo.

“Sabidamente, a uma primeira vista, a lei em tese não pode ser atacada pela via mandamental”, diz após a sanção do prefeito Rodrigo Manga (Republicanos). Ou seja, nos dois casos, o processo, em tese, é contra a aprovação do projeto de lei.

Ocorre que o projeto de lei, sancionado, passa a ser lei em vigor. Nesse caso, há uma intenção do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), por meio do promotor Jorge Alberto Marum, de combater a lei por meio de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin). Ainda não há um desfecho sobre essa via.

Cícero João afirmou que seguirá com o processo e, se preciso for, recorrerá ao Tribunal de Justiça. O Instituto Cahon, por meio do presidente Honno Cahon, não se manifestou até o fechamento desta edição.

A votação

Durante a votação, a Câmara contava com 18 vereadores, incluindo o presidente Claudio Sorocaba (PL). Durante a votação, nove vereadores foram a favor do projeto, sem o voto do presidente. O caso tomou outros caminhos após o vereador Hélio Brasileiro (PSDB) levantar dúvida sobre o resultado da votação. Para ele, seriam necessários 10 votos.

Na Câmara, de autoria de Cícero João, tramita um projeto de lei na tentativa de anular a lei em vigor. (Marcel Sninocca)