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Sorocaba

Saae rebaixa nível de água de bacia do reservatório Água Vermelha

Segundo a autarquia, o objetivo é evitar o crescimento excessivo de vegetação junto ao espelho d’água

19 de Julho de 2021 às 13:32
Da Redação [email protected]
O Saae prevê terminar o trabalho de rebaixamento de água da bacia dois do reservatório Água Vermelha em breve
O Saae prevê terminar o trabalho de rebaixamento de água da bacia 2 do reservatório Água Vermelha em breve (Crédito: Cortesia/ Francisco Antônio Aidar )

O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Sorocaba realiza o rebaixamento do nível da bacia 2 do Reservatório de Detenção de Cheias (RDC) Água Vermelha, no Jardim Paulistano. A autarquia informa que o objetivo do trabalho é evitar o crescimento excessivo de vegetação junto ao espelho d’água.

Ainda conforme o Saae, o procedimento é realizado regularmente. Para o rebaixamento, são abertas as comportas da bacia de contenção. Desta forma, a água escoa. Segundo a autarquia, a ação não causa a morte dos peixes que vivem no local.

O Saae prevê que o trabalho deve ser concluído já nos próximos dias. ‘Será feito o fechamento das comportas do extravasador, para restabelecer o nível normal da água’, afirma, em nota.

O abastecimento do reservatório é feito naturalmente pelo córrego Água Vermelha e seus afluentes. O RDC dois comporta até 74,5 mil metros cúbicos de água.

Problemas

O córrego da Água Vermelha, que passa por vários bairros da zona sul da cidade, já foi alvo de reclamações sobre problemas. Em dezembro de 2020, moradores sentiam forte ôdor a partir do bairro Parque Fazenda Imperial, na região da rodovia Raposo Tavares (SP-280). O mau cheiro ainda pôde ser sentido no Jardim Paulistano, na região do Parque Romeu Osório Pires, e no Jardim Faculdade, próximo à Avenida Barão de Tatuí.

Na ocasião, a água ficou esbranquiçada, no treco perto da rua Joana Pedrina Dal Médico, no Jardim São Carlos. Havia, ainda, uma fina camada semelhante a óleo e resíduo escuro na vegetação próxima ao córrego.

À época, o Saae afirmou ter detectado vazamento em uma rede coletora de esgoto. Devido ao problema, dejetos estavam sendo direcionados para o córrego. A autarquia informou ter feito a manutenção e solucionado o problema.

Porém, posteriormente, também constatou lançamento irregular de óleo ou outro produto químico no local. Equipes do Saae e da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) foram ao local, para detectar a origem do derramamento de substâncias químicas e eliminá-la.

Campolim

Já no Parque Campolim, dezenas de peixes do lago do parque Carlos Alberto de Souza morreram devido ao despejo de produtos químicos no local. O caso também ocorreu em dezembro e estava relacionado à situação ocorrida no córrego da Água Vermelha. A Secretaria de Meio Ambiente (Sema) retirou 350 quilos de peixes do lago.

Naquele mês, poluentes foram despejados em uma boca-de-lobo na rodovia Raposo Tavares (SP-270), próximo da região, pelo menos, duas vezes. O material escoou e foi parar no lago. O Saae retirou mais de 88 mil litros de água contaminada do local.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) instaurou inquérito civil para apurar os descartes clandestinos de substâncias nos dois locais.