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Sorocaba

Carros de luxo de quadrilha irão a leilão

Veículos estão avaliados em quase R$ 2 milhões e foram apreendidos na Operação Alquimia em 2018

16 de Julho de 2021 às 00:01
Da Redação [email protected]
Chevrolet Camaro 2SS um dos carros apreendidos, avaliado em R$ 196.990.
Chevrolet Camaro 2SS um dos carros apreendidos, avaliado em R$ 196.990. (Crédito: DIVULGAÇÃO)

A Justiça de Sorocaba colocou para leilão vários carros de luxo apreendidos durante as investigações contra uma quadrilha acusada de extorsão e esquema de agiotagem na cidade. A decisão é da juíza de Direito da 2ª Vara Criminal, do Foro de Sorocaba, Margarete Pellizari.

O leilão on-line, estará a cargo do leiloeiro oficial, Arnold Strass, de Campos do Jordão. Os interessados em participar do leilão, deverão se cadastrar no site www.savoyleiloes.com.br e enviar a documentação exigida para se habilitar e dar lances, com antecedência de até uma hora antes do leilão; O 1º leilão ocorrerá no dia 19 de julho e não obtendo lance o lote irá para o 2º leilão, que será realizado no dia 9 de agosto.

Caso

Os veículos foram apreendidos durante a Operação Alquimia, deflagrada pela Polícia Civil e Ministério Público, em maio de 2018. Dentre os itens apreendidos estão um Mustang GT, avaliado em R$ 331.889, um Chevrolet Camaro 2SS, avaliado em R$ 196.990 e uma Mercedes Benz A 250 Turbo Sport, com apenas 3.200 km rodados, além de uma lancha Focker 275 por R$ 237.450. No total, serão mais de R$ 1,8 milhão em itens que serão leiloados.

Na época, a polícia cumpriu 23 mandados de busca e oito mandados de prisão, e apreendeu carros, armas, munições, além de determinar o bloqueio de R$ 11 milhões. Em julho do ano passado, a Justiça condenou a quadrilha por extorsão, agiotagem, sonegação e lavagem de dinheiro. As penas somadas chegam a 427 anos.

Depois de decretada a prisão dos envolvidos no esquema, uma liminar do ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), os colocou em liberdade. No entanto, quando houve o recurso, a liminar foi revogada, e apenas dois deles foram novamente presos pela polícia. Ao todo, sete dos nove criminosos condenados continuam foragidos.

Desdobramento

As investigações apontaram que a quadrilha foi organizada por pai e filho. O primeiro, apontado como chefe do bando, foi preso e condenado a 73 anos de prisão. Já o segundo, está no grupo dos que continuam foragidos. A maior condenação é um dos membros da quadrilha, que também está foragido, e que chegou a 97 anos de prisão.

Ao todo, cerca de 16 mil documentos foram analisados. Uma vítima chegou a relatar que os réus agiam desde 2015, sempre com ameaças com arma de fogo e de maneira truculenta. Em um dos celulares apreendidos pela polícia, havia uma conversa do chefe da quadrilha que dizia que “era quebrado, aprendeu a emprestar dinheiro do nada e ensinou ao filho”. Um outro áudio dizia o seguinte: “Deus deu oportunidade e mostrou o caminho”.

Segundo a denúncia, ao menos 15 pessoas foram vítimas do grupo. As investigações também apontaram que, além dos carros de luxo, também foram adquiridos imóveis e lanchas por meio da prática criminosa. (Da Redação)