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Trabalho do zoológico de Sorocaba devolve à natureza animais silvestres resgatados

Somente em 2021, o total de 91 animais silvestres resgatados foram soltos na natureza

15 de Julho de 2021 às 16:06
Ana Claudia Martins [email protected]
Um trabalho realizado pelo Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros já devolveu, somente em 2021, o total de 91 animais silvestres resgatados para a natureza.
Um trabalho realizado pelo Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros já devolveu, somente em 2021, o total de 91 animais silvestres resgatados para a natureza. (Crédito: Fábio Rogério)

Um trabalho realizado pelo Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros já devolveu, somente em 2021, o total de 91 animais silvestres resgatados para a natureza, em Sorocaba.

Desde o início do ano, já foram feitas cinco solturas de animais silvestres na natureza. Eles são soltos em parques municipais da cidade e de municípios vizinhos, como na Floresta Nacional de Ipanema, em Iperó.

A última ação ocorreu na manhã desta quinta-feira (15) quando foram soltas 19 aves no Parque Natural Municipal de Corredores da Biodiversidade Marco Flávio da Costa Chaves, que fica ao lado do Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS).

Foram soltas na mata do parque 15 maritacas, duas corujas-buraqueiras, um gaviãozinho e uma siriema. Já um gavião-carijó e duas maritacas não voaram e foram levados de volta para o zoológico municipal.

Segundo a Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade, o zoológico de Sorocaba recebe animais feridos ou com risco de morte por inúmeros motivos, além de filhotes que, por alguma razão, ficaram órfãos e necessitam de cuidados especiais. “A recuperação desses animais demanda tempo e dedicação da equipe técnica”, informa a pasta municipal.

Já, a decisão de realizar a soltura ocorre após uma avaliação criteriosa do corpo técnico do zoo, em que são ponderados alguns aspectos, como a boa saúde dos animais, a espécie ser da região de Sorocaba, a fácil adaptação ecológica a diferentes ambientes, local de soltura seguro, entre outros.

“Todas as solturas são autorizadas pela Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente (Sima), órgão responsável pela gestão da fauna silvestre no Estado de São Paulo”, informa a pasta municipal.

O biólogo Marcos Tokuda afirma que só a viagem do zoológico municipal até o parque já é um fator estressante para os animais. “Então, toda essa movimentação faz com que o animal fique um pouco acuado, com medo e ele, às vezes, não se sente à vontade para sair da caixa, porque ela representa um ambiente seguro”, diz.

Tokuda disse ainda que o Corpo de Bombeiros e a Polícia Ambiental encaminham animais resgatados, de vida livre, para o zoológico. “São animais, às vezes até filhotes, e que muitas vezes estão feridos e então precisam de cuidados. Primeiramente a gente faz a identificação das espécies, e depois a equipe veterinária faz a avaliação do estado de saúde dos animais, e em seguida eles são colocados em tratamento. Daí a gente observa o dia a dia do animal para verificar se ele está apto ou não para retornar para a natureza”, destaca.

Tokuda reforça que os animais silvestres soltos já viviam na natureza e estão voltando para os seus ambientes naturais. “Os animais soltos são aqueles resgatados e não os que já vivem há anos no zoológico municipal de Sorocaba”, ressalta.

Cinco solturas até o momento

Em 2021, as solturas dos animais silvestres começaram no dia 20 de janeiro quando 15 animais foram soltos na mata da Floresta Nacional de Ipanema, em Iperó. No local, foram levados dois quiriquiris, um gavião-carijó, 10 gambás-de-orelha-branca, um cachorro-do-mato e um caxinguelê.

Já no dia 22 de fevereiro foram soltos mais cinco animais na mata do próprio zoológico, sendo três exemplares de bem-te-vi, um sabiá-poca e uma corujinha-buraqueira.

No dia 26 de fevereiro foi feita a soltura de mais 22 animais no Parque Natural Municipal de Corredores da Biodiversidade “Marco Flávio da Costa Chaves”, após receberam cuidados especiais. Na ocasião, foram devolvidos à natureza 14 corujinhas-do-mato, duas maritacas, duas rolinhas, dois gambás-de-orelha-branca, uma cascavel e um lagarto teiú.

No caso do lagarto teiú, por exemplo, a Secretaria do Meio Ambiente informa que o animal chegou ao zoo no ano passado, após ter sido acidentalmente atropelado. A equipe técnica do zoo realizou todos os cuidados, incluindo uma cirurgia para colocar uma placa na pata dianteira para a sua reabilitação.

No dia 31 de março, mais 30 animais silvestres foram soltos também na Floresta Nacional de Ipanema. Foram devolvidos à natureza um gato-do-mato-pequeno, duas cascavéis, uma coruja-de-orelha, uma coruja-buraqueira e 25 Periquitões-maracanãs.