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Romaria,Sorocaba

Fiéis poderão participar da Romaria de Aparecidinha de 3 formas simbólicas

Por conta da pandemia, mais uma vez, a peregrinação não ocorrerá presencialmente

08 de Julho de 2021 às 12:25
A Romaria de Aparecidinha é a peregrinação mais antiga de Sorocaba
A Romaria de Aparecidinha é a peregrinação mais antiga de Sorocaba (Crédito: Emidio Marques (10/07/2016))

Os fiéis poderão participar da 123ª edição da Romaria de Aparecidinha de três formas simbólicas indicadas pela Arquidiocese de Sorocaba. A peregrinação mais antiga da cidade ocorreria no domingo (11). Porém, por conta da pandemia de Covid-19, mais uma vez, não acontecerá. A procissão já precisou ser adiada em 1º de janeiro deste ano e em 12 de julho de 2020, devido à crise sanitária. Agora, para não ter de suspender novamente a tradição, o arcebispo da Arquidiocese, dom Júlio Endi Akamine, divulgou, em um comunicado, as alternativas substitutivas.

A primeira opção é participar de, pelo menos, uma missa da novena. As celebrações serão realizadas até sábadp (10), desde o dia 2 de julho, no Santuário de Aparecidinha (estrada Dom José Melhado Campos, 15), às 19h30. Os fiéis também poderão participar, neste domingo (11), dia da Romaria, de uma das seis missas na mesma igreja. As cerimônias religiosas serão às 8h, às 10h, às 12h, às 15h, às 17h e às 19h. Conforme informa dom Júlio na carta aberta, o número de participantes será limitado a 40% da capacidade do local, com entrada por ordem de chegada. A celebração das 8h, especificamente, poderá ser acompanhada pela rádio Cantate FM (104,5).

Segundo o padre Ricardo chizzolini, paróco e reitor do Santuário de Aparecidinha e um dos organizadores da romaria, no mesmo dia, também haverá uma missa na Catedral Metropolitana de Sorocaba, às 6h. A cerimônia será conduzida por dom Júlio. 

A terceira maneira é ouvir a transmissão do traslado da imagem de Nossa Senhora Aparecida, pela rádio Cantate, a partir das 16h de domingo (11). "Por meio de uma dessas formas de participação na Romaria de Aparecidinha, manifestemos nossa confiança em Deus, a nossa fé em Cristo, o nosso amor devotado à mãe de Deus e padroeira do Brasil e a nossa participação civil no combate à pandemia", diz o arcebispo, no comunicado.

A imagem fará, neste domingo (11), o percurso de saída da Catedral Metropolitana dd Sorocaba e retorno ao Santuário de Aparecidinha. Já no 1º de janeiro de cada ano, realiza o trajeto inverso e volta à Catedral. Conforme padre Ricardo, dom Júlio levará a santa sem o acompanhamento de carreata e de romeiros. "A ideia é, mesmo no meio da pandemia, mantermos a peregrinação e a devoção à Nossa Senhora. Mesmo à distância, continuamos com o coração voltado para Deus e para a virgem Maria. A igreja continua com a sua missão de anunciar o reino de Deus e a devoção à Maria, pois é possível manter a fé, mesmo em tempos de pandemia", fala padre Ricardo sobre o objetivo das alternativas simbólicas. 

História

Segundo o blog do Santuário de Aparecidinha, a romaria é realizada desde 1804. No início, não acontecia de forma contínua, nem em datas fixas. Registros históricos dão conta de que, naquele tempo, a santa era levada até a cidade em momentos difíceis, como epidemias, secas e enchentes. Em 1897, ano do primeiro surto de febre amarela no País, os sorocabanos acreditavam que a devoção à Nossa Senhora Aparecida traria a cura da doença. Por isso, faziam pedidos à Santa. A partir de então, criou-se a tradição de transportá-la frequentemente, como forma de abençoar a população.

As datas da procissão foram definidas dois anos depois, em 1899, pelo Monsenhor João Soares, então pároco da Catedral. Naquele ano, houve o segundo grande surto de febre amarela.