Buscar no Cruzeiro

Buscar

Sorocaba

Serviços do Samu em Sorocaba devem passar por reformulação

SES estuda mudanças na gestão, novas viaturas e concurso público

07 de Julho de 2021 às 00:01
Marcel Scinocca [email protected]
Atualmente, o Samu realiza 22 transferências por dia.
Atualmente, o Samu realiza 22 transferências por dia. (Crédito: PEDRO HENRIQUE NEGRÃO / ARQUIVO JCS )

A Secretaria de Saúde de Sorocaba (SES) afirmou ontem (6) que pretende realizar uma reformulação nas atividades do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O trabalho inclui mudança na gestão dos atendimentos, tirando do órgão a pressão da transferência de paciente entre unidades, aquisição de novas viaturas e até concurso público.

Sobre a transferência de paciente de uma unidade de saúde para outra que impacta atualmente no atendimento de sinistros de trânsito, por exemplo, há um projeto para que as instituições que assumirem a gestão das unidades de urgência e emergência, além dos hospitais de referência, fiquem responsáveis pelas transferências de seus pacientes. “Para que assim, o Samu possa ficar totalmente dedicado ao atendimento de urgência e emergência à nossa população”, diz a pasta.

“As secretarias municipais”, ainda conforme a SES, “estão empenhadas no propósito e há proximidade com o Ministério da Saúde, para que essa mudança seja realizada de forma rápida e certeira, sem ferir a ética e os princípios do SUS e da gestão municipal”. Por fim, a pasta lembra que será feito com a compra de novas viaturas, bem como a abertura de concurso público para aumento do efetivo.

Diariamente, o Samu realiza 22 transferências por dia. Toda vez que uma viatura está empenhada para esse tipo de serviço, a equipe deixa de atender situações como acidentes ou sinistros de trânsitos ou mesmo outros casos que são próprios da finalidade do serviço.

Sobrecarga

Atualmente, as equipes do Samu trabalham sobrecarregadas. A situação se agravou, principalmente, em função da pandemia. “A gente pega o paciente na casa e leva para uma unidade pré-hospitalar, que, por sua vez, manda para a Santa Casa. Esse mesmo paciente vai para um São Guilherme, por exemplo, que, se o paciente pior, precisa ser levado para outro lugar e assim vai. Fica essa rotatividade e com o mesmo paciente, sobrecarregando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência”, explica um servidor à reportagem na condição de anonimato. “Isso pesa e de uns tempos para cá, está pesando mais ainda. Ao invés de estar indo fazer um atendimento de rua, um atendimento de residência, estamos fazendo algo que não é serviço do Samu”, diz outro.

O reflexo dessa situação, segundo os servidores, apareceu nos últimos dias, quando houve demora na transferência de pacientes e também demora para atender ocorrência vindas da central do Samu. O assunto, inclusive, foi tema de matéria do jornal Cruzeiro do Sul, publicado ontem (6). (Marcel Scinocca)