O sepultamento do jornalista Jomar Bellini, que morreu aos 30 anos na quinta-feira (1), por complicações da Covid-19, foi marcado por dor e emoção nesta sexta-feira (2), no Cemitério Municipal de Mairinque. Ele era repórter do jornal Cruzeiro do Sul desde 2020 e faleceu em um hospital particular da cidade de São Roque

Amigos, familiares e colegas de trabalho se despediram do profissional. A cerimônia ocorreu a partir das 13h. Abalada e inconsolável, a mãe de Jomar, Magda Cristina Fulan Bellini, relembrava de momentos com o filho, destacando o quanto ele era querido e que não estava certo uma mãe enterrar o filho. Consternada e visivelmente abatida, a amiga Adriane Souza, com quem Jomar dividiu apartamento e tinha muita proximidade, também estava na cerimônia. Amigos de faculdade e do ensino médio também prestaram homenagens.

Por conta da pandemia do novo coronavírus, não foi possível realizar o velório de Jomar. Assim que chegou ao cemitério, a urna funerária foi colocada no jazigo da família. Foi realizada uma oração de forma breve. Por fim, amigos e colegas de trabalho aplaudiram o jornalista antes de deixarem o local.

Jomar Bellini, com tamanho coração e profissionalismo, cultivou amigos em todos os lugares onde esteve e foi homenageado por diversos veículos de comunicação de Sorocaba, por jornalistas, amigos e parentes. No Cruzeiro do Sul, além de fazer reportagens, era o jornalista responsável pela edição de conteúdo no portal, no período matutino. Entre os trabalhos com participação dele, a cobertura ao vivo da apuração dos votos nas eleições de 2020, no primeiro e no segundo turno.

Formado em Jornalismo pela Universidade de Sorocaba (Uniso), Jomar passou por vários veículos de comunicação da cidade como jornal e rádio Ipanema (atual Jovem Pan), no portal de notícias G1, na TV TEM (afiliada da Rede Globo), na Folha de Mairinque, na Maktub Comunicação, e, atualmente, era repórter no jornal Cruzeiro do Sul, mantido pela Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), que lamentou a morte a morte na quinta-feira.

Várias outras instituições também se manifestaram e as homenagens continuaram nesta sexta-feira. “É com profundo pesar que recebemos a mensagem do passamento do jornalista Sr. Jomar Luiz Fulan Bellini (repórter do Jornal Cruzeiro do Sul - Sorocaba) nosso amigo e parceiro. Agradecemos imensamente o tempo que tivemos a oportunidade de com ele trabalhar, pela excelente convivência ressaltando que será para sempre lembrado pelo profissionalismo, honestidade, lealdade, inteligência e competência. Temos a certeza de que ele já está sendo amparado e recrutado pelo Senhor para uma nova missão. Aos familiares e amigos nossos sinceros sentimentos”, escreveu um nota de condolência o tenente-coronel PM Fernando de Agrella, comandante do Sétimo Batalhão de Polícia Militar do Interior (CPI-7), de Sorocaba.

Missa

Uma missa de falecimento foi realizada no Santuário São Judas Tadeu. “Jornalistas são fundamentais para levar informação neste período de pandemia. Eles já deveriam ter sido vacinados. Jomar nos deixa muita saudade. Vamos sentir mais falta deste jovem e seu jeito meigo de ser. Deus abençoe a família do Jomar e seus amigos”, afirmou o padre Flávio Jorge Miguel Júnior, que conduziu a missa. A radialista Adriana Fratinni fez uma oração e relembrou a trajetória do jornalista ao final do encontro. (Marcel Scinocca e Kally Momesso, com colaboração de Manuel Garcia)