Buscar no Cruzeiro

Buscar

Eleições

Deputados federais da região de Sorocaba são a favor do voto impresso

Representantes de Sorocaba no Congresso afirmam que medida aumentaria confiança nas eleições

29 de Junho de 2021 às 01:45
Marcel Scinocca [email protected]
Voto impresso seria depositado na urna e não ficaria com o eleitor
Voto impresso seria depositado na urna e não ficaria com o eleitor (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO (23/11/2020))

Deputados que representam Sorocaba no Congresso Nacional são favoráveis ao chamado voto auditável, com a inclusão de cédulas de papel junto às urnas eletrônicas. Essa é a opinião de Vitor Lippi (PSDB), Jefferson Campos (PSD) e Capitão Derrite (Progressistas). O tema é alvo de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135 de 2019, que apresenta alteração constitucional no processo eleitoral do Brasil.

Em ordem alfabética, são favoráveis à manutenção do atual sistema -- sem mudança -- os seguintes presidentes: ACM Neto (DEM), Baleia Rossi (MDB), Bruno Araújo (PSDB), Ciro Nogueira (PP), Gilberto Kassab (PSD), Luciano Bivar (PSL), Luis Tibé (Avante), Marcos Pereira (Republicanos), Paulo Pereira da Silva (Solidariedade), Roberto Freire (Cidadania) e Valdemar Costa Neto (PL). As siglas reúnem 326 deputados, o equivalente a 63,54% da Câmara. Entretanto, a rejeição da propostas apenas contando com o que pensa os presidentes não parece que será tarefa fácil.

“Eu sou o segundo vice-presidente da comissão especial da Câmara destinada a discutir a PEC 135, referente ao voto impresso e auditável. Sou favorável à PEC porque acredito que seja uma resposta ao anseio de transparência demonstrado pela população”, afirma o federal Derrite.

“Diversos especialistas em tecnologia da informação afirmam que urnas eletrônicas sem o voto auditável podem ser adulteradas. Em virtude dessa passividade de alterações, sou favorável à proposta”, acrescenta.

“Nós estamos vivendo uma época em que toda a ação que fortaleça a democracia é muito bem-vida. Hoje, há uma grande discussão sobre o voto auditável ou voto impresso. Lembrando e esclarecendo que esse voto não quer dizer que o eleitor levará para a sua casa o papel com o voto impresso. Isso seria uma quebra de sigilo e até uma maneira de pressão sobre o eleitor”, comenta Jefferson Campos.

“Na verdade, ao votar, ele verá o seu voto que cairá em uma urna e ficará à disposição para o caso de haver alguma impugnação, no caso daquela urna específica. Acredito que isso pode fortalecer a democracia e acabar com teoria de conspiração e até com teoria de manipulação eleitoral”, justifica o parlamentar. Ainda conforme ele, o procedimento não é difícil de ser aplicado, além de ser não ser caro.

Também contrariando o presidente do partido, Vitor Lippi é favorável à aprovação da sistemática com voto impresso. Ele diz que confia no atual sistema e que não viu nenhuma evidência de fraude eleitoral. “Eu sou favorável ao voto impresso e auditável, não por desconfiança da idoneidade do Processo Eleitoral vigente, mas por entender que uma parcela considerável da população gostaria de ter ainda mais segurança. Então penso, que apesar do investimento em torno da nova tecnologia, teremos uma narrativa menos polêmica acerca da democracia brasileira”, afirma.

Guiga Peixoto (PSL) não respondeu aos nossos questionamentos até o fechamento desta reportagem. Entretanto, em março deste ano, em uma rede social, se mostrou favorável à mudança. “A única maneira de auditarmos os nossos votos é por meio do voto impresso. Trás mais segurança ao povo brasileiro de forma legítima e democrática”, escreveu.

Os pontos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135, voltaram a ser discutidos de forma intensa em maio deste ano. De autoria da Deputada Federal Bia Kicis (PSL-DF), a PEC pretende realizar uma mudança significativa no sistema eleitoral atual do Brasil, sendo a inclusão de cédulas de papel juntamente com as urnas eletrônicas. O termo também é chamado de voto impresso. (Marcel Scinocca)