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Visita presidencial

Bolsonaro diz que PF vai abrir inquérito sobre compra da Covaxin

Em Sorocaba, o presidente respondeu as perguntas de jornalistas por aproximadamente 20 minutos

25 de Junho de 2021 às 17:21
Ana Claudia Martins [email protected]
Coletiva à imprensa
Coletiva à imprensa (Crédito: Fábio Rogério)

Em Sorocaba, durante o evento de inauguração do Centro de Excelência em Tecnologia 4.0 do País, no PTS, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse à imprensa que a Polícia Federal vai abrir inquérito para apurar o acordo do governo federal com a Covaxin. O presidente respondeu as perguntas de jornalistas por aproximadamente 20 minutos.

O contrato entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos/Bharat Biotech foi assinado no dia 25 de fevereiro, com investimento total de R$ 1,614 bilhão. O imunizante ainda aguarda autorização de uso concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser aplicado na população brasileira.

No início da semana, o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) fez declarações sobre supostas irregularidades na contratação de 20 milhões de doses da vacina Covaxin.

Segundo Bolsonaro, a PF deverá apurar a compra da vacina indiana Covaxin. “É lógico que a Polícia Federal vai abrir inquérito”, disse o presidente após ser questionado pela imprensa, na inauguração do CET 4.0, na manhã de ontem.

Bolsonaro disse que o governo federal ainda não comprou nenhuma vacina da Covaxin. “Foi comprado uma ampola se quer da Covaxim? Responda você. Foi Comprado? Foi gasto? O governo federal deu um centavo para a Covaxin? Foi comprado? Chegou? Não pagou, não consumou o ato”, disse o presidente.

Ainda sobre a compra de vacinas da Covaxin, o presidente disse que no contrato com o laboratório indiano estava escrito que tinha que passar pela Anvisa. “E só ia pagar depois que chegar. O próprio laboratório lá indiano falou que o preço está na média dos três outros países que tinham contrato com eles. Vocês querem imputar em mim um crime de corrupção que não foi gasto um centavo”, respondeu Bolsonaro aos jornalistas.

Novamente questionado a respeito do contrato para a compra do imunizante do laboratório indiano, Bolsonaro respondeu: “Foi comprada a vacina? Foi comprada a vacina? Olha teve um documento, que estava feito de uma forma equivocada, faltava um zero lá, em vez de 300 mil doses eram 3 milhões. Foi corrigodo no dia seguinte”, disse o presidente.

Já quando questionado sobre a não compra de vacinas pelo governo federal no ano passado, por conta da pandemia da Covid-19, o presidente afirma que as doses estão chegando. “Está chegando, ninguém tinha como comprar isso no ano passado. Vocês ficam numa narrativa que eu atrasei”, disse.

Bolsonaro criticou a impresa por não destacar pontos positivos de seu mandato. “Até porque nós estamos há dois anos e meio sem corrupção, porque nós temos órgãos que funcionam, como, por exemplo, a Controladoria-Geral da União (CGU). A CGU funciona e nós vamos atrás de resolver o problema antes que ele ocorra. Tivemos um caso de um possível superfaturamento em um hospital do Rio de Janeiro, e a CGU pegou e nós abortamos a missão. Assim, como a Polícia Federal age, muitas vezes, preventivamente. Dá para vocês me elogiarem por dois anos e meio sem corrupção?” questionou.

O presidente também fez críticas aos governadores e prefeitos, sem citar nomes, que adotaram medidas mais restritivas por conta da pandemia da Covid-19. “Olha o que muitos governadores e prefeitos fizeram. Tentaram arrebentar com a economia do Brasil, deixando os mais humildes em casa, sem ganho. Nós demos o auxílio emergencial. gastando 300 bilhões de reais, equivalente a 10 anos de Bolsa Família. Olha como está reagindo a economia do Brasil. Olha o lado bom, vocês têm todo o direito de criticar, mas parece que não tem nada bom”, reclama Bolsonaro.