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Judiciário paulista

Avaliação da Justiça é mais positiva entre usuários do que não usuários, aponta estudo

De acordo com a pesquisa da Apamagis, 71% dos usuários da Justiça estão satisfeitos com o comportamento dos juízes

25 de Junho de 2021 às 13:13
Da Redação [email protected]
Justiça
Pesquisa foi feita pela primeira vez. (Crédito: Sang Hyun / Pixabay )

Uma pesquisa da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis) sobre a JUSBarômetro revelou que 58% das pessoas que já recorreram ao Poder Judiciário confiam na instituição. A pesquisa, inédita, foi encomendada ao Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), para avaliar a visão da sociedade sobre o Judiciário paulista.

Já os 45% dos entrevistados que nunca se utilizaram dos serviços da Justiça também manifestaram confiança. “Quanto mais a população conhece e se utiliza do Judiciário, mais elevado é o grau de confiança que nele deposita”, destaca a presidente da Apamagis, Vanessa Mateus.

O estudo desenvolvido pelo Ipesp apontou um dado preocupante, na avaliação da presidente da Apamagis: apenas 14% dos entrevistados se julgam bem informados sobre o funcionamento do Judiciário.

“Esse dado é relevante, quando comparamos o grau de confiança em média no Poder Judiciário e o grau de confiança entre as pessoas bem informadas. Se em média a confiança no Judiciário gira em 49%, entre as pessoas que se declaram bem informadas e confiam na Justiça esse número aumenta para 62%, o que significa que o Judiciário precisa melhorar a comunicação com a sociedade, ser mais transparente para elevar o nível de confiança”, constata.

A JUSBarômetro ainda destacou a importância da Justiça capilarizada: “A Justiça em São Paulo goza de maior confiança do que a federal. Isso demonstra que a capilaridade da Justiça aumenta o grau de confiança da população”, afirma a presidente da Apamagis.

O estudo também indicou que 81% dos entrevistados usuários dos serviços da Justiça demonstraram satisfação com o atendimento recebido dos funcionários; 76% disseram estar satisfeitos com as instalações das varas, Juizados e do TJ; e 71%, com o comportamento do juiz (excluídos os percentuais dos que não responderam ou não souberam responder).

Segundo Vanessa Mateus, JUSBarômetro indica “um caminho a ser trilhado, que é o do conhecimento da população sobre o Judiciário para que ela forme sua visão de forma justa e transparente”.

Essa primeira de três edições da JUSBarômetro foi realizada entre 26 e 30/4, com uma amostra de mil entrevistados no Estado de São Paulo, segundo as características socioeconômicas demográficas da população com uma margem de erro máxima de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos.