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Covid-19

Infectologista explica importância da testagem

25 de Junho de 2021 às 00:01
Vinicius Camargo [email protected]
Médica Rosana Maria Paiva dos Anjos diz que testem não anulam demais protocolos.
Médica Rosana Maria Paiva dos Anjos diz que testem não anulam demais protocolos. (Crédito: DIVULGAÇÃO)

Segundo a infectologista Rosana Maria Paiva dos Anjos, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC), campus Sorocaba, e especialista em saúde pública, o objetivo da testagem em massa é auxiliar no combate à pandemia de Covid-19. Conforme a médica, teoricamente, ao testar a sua população, uma cidade consegue isolar os casos da doença. Isto é, todos os moradores diagnosticados com o coronavírus são orientados a fazer isolamento social contra a disseminação do vírus. “Essa estratégia é preconizada para conter o alastramento e achatar a curva da Covid-19”, explica Rosana.

“Porém, essa ação é mais eficiente no início de pandemias. Desta forma, evita-se a propagação do vírus antes que ele se alastre em grandes proporções”, diz a especialista ao afirmar que, “no caso da pandemia de Covid-19, não foi possível adotar a testagem em massa no começo da crise por se tratar de uma doença nova. Assim, ainda não haviam sido desenvolvidos testes para diagnosticá-las”.

Outro ponto levantado pela infectologista é a essencialidade do isolamento social, após a detecção da Covid-19. Para tanto, ela considera necessário o monitoramento dos casos positivos, para garantir o cumprimento da medida. Segundo Rosana, é importante assegurar, inclusive, que a família da pessoa contaminada siga a recomendação. Caso isto não seja feito, completa ela, a testagem pode ser ineficiente. “Às vezes, o grupo (familiar) também está contaminando, porque convive com aquele caso positivo, e, às vezes, os familiares podem ajudar a propagar o vírus ainda mais”, informa.

De acordo com Rosana, a aplicação dos testes em larga escala não anula os demais protocolos sanitários de prevenção à Covid-19. A infectologista reforça que as regras valem, inclusive, para quem testou negativo. Conforme Rosana, apesar da flexibilização das medidas restritivas, o distanciamento social, o uso de máscara de proteção e de álcool em gel, a higienização das mãos, dentre outras ações, continuam sendo imprescindíveis. Principalmente, acrescenta, porque o cenário pandêmico no Brasil ainda é crítico. “A pandemia está no auge. As pessoas tendem a banalizá-la e só se assustam quando o quadro ocorre com elas, ou com alguém da família, ou com alguém conhecido. Enquanto não cair a circulação do vírus, as pessoas vão continuar adoecendo e morrendo”, alerta. (Vinicius Camargo)