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Saúde

Sorocaba adquire 12 equipamentos para monitoramento algorítmico das anestesias

O equipamento foi lançado no Brasil há poucas semanas e promete aumentar ainda mais a segurança dos pacientes

09 de Junho de 2021 às 14:46
Da Redação [email protected]
Equipamento Conox
Equipamento realiza cálculos extremamente rápidos sobre o estado de consciência e dor do paciente. (Crédito: Divulgação)

A Unimed Sorocaba adquiriu para o Hospital Dr. Miguel Soeiro (HMS) 12 Conox, equipamento lançado há poucas semanas no Brasil. Esses aparelhos monitoram, com o uso de algoritmos, o estado de consciência e a probabilidade de dor do paciente que recebe sedação ou anestesia. Além disso, também reduzem o tempo de resposta quando ocorrem eventos indesejados. Eles serão utilizados nas salas cirúrgicas e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do hospital.

De acordo com o doutor Sérgio Rachkorsky, superintendente da Unimed Sorocaba, a pandemia apresentou novas oportunidades de melhorias tecnológicas e, por essa razão, os investimentos nessa área foram ampliados. Ele explica que, com a utilização do Conox, as drogas ministradas são injetadas com controle absoluto, minimizando os riscos de danos ao paciente e tornando as cirurgias e os cuidados aos pacientes em terapia intensiva ainda mais seguros.

Para o doutor Clóvis Eduardo Vicentino, coordenador do bloco cirúrgico — que engloba o centro cirúrgico, o day clinic, a sala de pequenas cirurgias e as salas oftalmológicas — a conquista é muito importante. Ele afirma que o Conox aumentará ainda mais a segurança oferecida aos pacientes. Segundo Vicentino, o equipamento realiza cálculos extremamente rápidos sobre o estado de consciência e dor do paciente, permitindo atingir o nível de anestesia ou sedação (intravenosa ou inalatória) adequado.

“Esta é uma ferramenta de enorme utilidade aos anestesistas, no sentido de reduzir os riscos associados aos procedimentos anestésicos e oferecer altíssima confiabilidade e estabilidade. Durante um procedimento que necessite de anestesia, o importante é levar o paciente a um nível seguro de inconsciência”, explica o coordenador.

O Conox realiza a monitorização da profundidade da atividade cerebral como um todo, indicando, assim, não somente a profundidade anestésica, como a probabilidade de eventos adversos no paciente, como o fato de ele sentir dor, por exemplo.

Basicamente, o equipamento consegue captar ondas cerebrais, transformá-las em vetores e, estes, em algarismos que indicam ao anestesista qual a profundidade anestésica. “Se houver algum efeito indesejado e causado pela dosagem anestésica ou pela própria cirurgia, o equipamento emite um alerta, com um delay de apenas 36 segundos, permitindo abreviar o tempo de resposta da equipe médica”, destaca o doutor Vicentino.