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Saúde

Gestão da UPH da Zona Oeste continua com contrato vencido

Prefeitura fez chamamento de emergência para contratar nova instituição

08 de Junho de 2021 às 02:27
Ana Claudia Martins [email protected]
Atualmente, unidade funciona como Centro de Estabilização Covid
Atualmente, unidade funciona como Centro de Estabilização Covid (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO (20/4/2021))

Com contrato vencido desde o último dia 9 de abril, a Unidade Pré-Hospitalar (UPH) Zona Oeste, que é gerida pela Organização Social (OS) Instituto Diretrizes, poderá, em breve, ter sua gestão realizada por outra entidade. Segundo a Prefeitura de Sorocaba, no último dia 1º de junho foi publicado no Portal da Transparência do Município um chamamento emergencial para contratação de outra instituição para gerir a UPH Zona Oeste.


A administração municipal informa ainda que caso ocorra a troca de entidade para fazer a gestão da unidade não haverá prejuízo algum à assistência da população. Desde 16 de março deste ano, a UPH Zona Oeste foi transformada em um Centro de Estabilização Covid. Foi o segundo centro deste tipo em operação na cidade por decisão da Prefeitura.


Conforme a Secretaria da Saúde (SES), o objetivo da mudança é ampliar a assistência de combate à pandemia da Covid-19 na cidade. O centro na UPH Zona Oeste conta com 35 leitos Covid, sendo 23 de suporte ventilatório avançado e 12 de enfermaria.


Além disso, no local são realizados os atendimentos de Pronto Atendimento para pacientes com sintomas da Covid-19, durante 24 horas por dia, no sistema de portas abertas. Já os atendimentos médicos não Covid para adultos e crianças, que eram realizados na UPH Zona Oeste, continuam sendo realizados nas outras unidades de saúde do município.

 

Impasse

Relatos de funcionários que atuam na UPH Zona Oeste, e são contratados do Instituto Diretrizes, afirmam que a entidade estaria atrasando o pagamento de salários e deixando de comprar insumos por conta da falta de repasse da Prefeitura de Sorocaba para a entidade.


Questionada a respeito, a Prefeitura informa que não houve atraso por parte do município. “O contrato da UPH da Zona Oeste venceu no dia 9 de abril e o Instituto Diretrizes não apresentou a documentação necessária para renovação, apesar das solicitações e reuniões realizadas”, informa.


Ainda conforme a Prefeitura, o prestador (Instituto Diretrizes) receberá o pagamento pelos serviços prestados por meio de indenização, que precisa ter parecer jurídico de aprovação e o mesmo deverá apresentar documentos obrigatórios por lei. “No último dia 1 de junho, já foi publicado um chamamento emergencial para contratação de instituição para gerir a UPH Zona Oeste, sem prejuízo algum à assistência da população”, informa a administração municipal.


Já em relação a falta de insumos na UPH Zona Oeste, a Prefeitura nega. “Em relação aos insumos, a Secretaria da Saúde (SES) segue fiscalizando e acompanhando diariamente, para garantir que não faltem para a assistência da população”, informa.


Após gerar polêmica e contestação judicial, a UPH Zona Oeste e a UPH Zona Norte passaram a ser administradas pelo Instituto Diretrizes em fevereiro de 2019, durante a gestão do prefeito cassado José Crespo.


O Cruzeiro do Sul entrou em contato com o Instituto Diretrizes, por telefone, e questionou a entidade a respeito, mas até o fechamento desta edição não houve resposta.

 

Prefeito visita

Por conta dos possíveis problemas de falta de repasse, atrasos nos salários e falta de insumos, o prefeito Rodrigo Manga (Republicanos), junto com o secretário da Saúde, Dr. Vinicius Rodrigues, visitaram a UPH Zona Oeste no dia 3.


Em seguida, Manga fez uma postagem em sua rede social sobre a questão: “Acabamos de sair da UPH Zona Oeste, de onde recebemos a denúncia de que a instituição responsável pela unidade não estaria comprando insumos e nem honrando o pagamento com os médicos que lá trabalham, correndo o risco, ainda, de atrasar o salário de outros funcionários. Estamos em cima da situação e vamos cobrar a instituição de forma contundente para que tome as providências urgentes, uma vez que a Prefeitura tem o dinheiro para pagar seus prestadores de serviço, desde que eles façam corretamente a sua prestação de contas. A população tem que ter seu atendimento à saúde garantido e não vamos admitir que isso deixe de acontecer. Os profissionais da saúde também merecem respeito. Já basta o estresse diário que passam no combate à pandemia, fazendo parte da linha de frente”, escreveu o prefeito. (Ana Cláudia Martins)