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Fiscalização

Fim de semana é marcado por festas e eventos clandestinos em Sorocaba

Entre sexta-feira (4) e domingo (6), a GCM e a PM dispersaram ao menos cinco aglomerações

07 de Junho de 2021 às 17:31
Vinicius Camargo [email protected]
Em um das festas clandestinas, onde havia mais de 200 jovens, as equipes apreenderam centenas de fardos de bebidas alcóolicas
Em um das festas clandestinas, onde havia mais de 200 jovens, as equipes apreenderam centenas de fardos de bebidas alcóolicas (Crédito: Divulgação/ Secom Sorocaba)

Atualizada em 08/06/2021, às 16h53

Mesmo em meio à pandemia de Covid-19, diversas festas e eventos clandestinos foram realizados em Sorocaba no último fim de semana. Entre sexta-feira (4) e domingo (6), a Guarda Civil Municipal (GCM) e a Polícia Militar dispersaram ao menos cinco aglomerações, em vários pontos da cidade, durante operações integradas contra pancadões e aglomerações. Ainda nas ações, nove estabelecimentos foram fechados e mais de 300 veículos, autuados.

Entre a noite de sexta-feira (4) e a madrugada de sábado (5), início do fim de semana, dois estabelecimentos onde havia aglomerações foram fechados. Além disso, no decorrer da ação, 86 veículos foram autuados. Oito deles foram apreendidos.

Na noite de sábado (5), a GCM também impediu a realização de uma festa clandestina em uma chácara na zona rural do bairro Mato Dentro. O trabalho contou com o apoio do setor Fiscalização de Posturas, vinculado à Prefeitura, e da Vigilância Sanitária (Visa).

Conforme a GCM, no local havia mais de 200 jovens, com idades de 16 a 25 anos, além de 30 veículos, entre carros e motocicletas. Ao notarem a chegada das equipes, os jovens correram.

O organizador do evento e o dono da chácara receberam diversas multas. As equipes apreenderam centenas de latas de energético e garrafas de bebidas, por falta de nota fiscal. Os produtos seriam vendidos na festa. Ainda de acordo com a guarda civil, o evento havia, inclusive, sido divulgado na internet, com a venda de ingressos.

No mesmo dia, sete estabelecimentos, em diferentes pontos da cidade, foram autuados por falta de alvará e orientados a encerrar as atividades. Além disso, 241 veículos foram autuados.

Já no domingo (7), por volta das 18h40, a GCM flagrou uma aglomeração com 250 pessoas na rua Abraham Lincoln, no Jardim dos Estados. Elas estavam próximas a um estabelecimento. Segundo a GCM, a multidão obstruía a calçada e atrapalhava o trânsito. Todos foram orientados a ir embora. No local, também foram multados 16 veículos, sendo que um carro e uma motocicleta foram apreendidos.

Além disso, no bairro altos do Ipanema, os agentes encontraram mais de 50 pessoas perto de trailers de lanches. Conforme a GCM, ao perceberem a chegada das viaturas, todos deixaram o local.

Na manhã de domingo (7), um encontro de carros antigos no estacionamento do Paço Municipal, no Alto da Boa Vista, igualmente causou aglomeração. Várias pessoas se reuniram em frente à Prefeitura. A maioria não usava máscara, nem respeita o distanciamento social.  Em nota, o Executivo informou tratar-se de um evento particular, promovido sem a autorização da administração municipal.

Conforme a Prefeitura, a GCM e agentes da Urbes Trânsito e Transporte, empresa que administra o setor, foram até o local e fecharam o acesso de entrada de veículos. Posteriormente, encerram o evento.

Na madrugada desta segunda-feira (7), às 3h30, os guardas constataram três veículos com som alto na praça do Jardim Prestes de Barros. Os carros deixam o local, porém, foram autuados, devido à altura do som.

Baile funk

Moradores do bairro Novo Horizonte também reclamam de bailes funk no Jacutinga, bairro vizinho. Segundo uma residente, que preferiu não ser identificada, as festas clandestinas ocorrem todos os fins de semana, principalmente, às sextas e sábados. Elas acontecem em uma chácara. No último, não foi diferente. Ainda de acordo com a mulher, geralmente, os eventos têm início por volta das 23h30 e terminam em torno de 5h.

Conforme a denunciante, os frequentadores não usam máscara de proteção e não mantêm a distância necessária para evitar a propagação da Covid-19. Além disso, por conta da música alta, os residentes não conseguem dormir. Outro problema apontado por ela é a venda e consumo de bebida alcóolica e drogas na festa.

A mulher afirma já ter acionado, diversas vezes, a Polícia Militar e a GCM, para interromper os bailes. Entretanto, as forças de segurança não teriam tomado providências, sob alegação de não terem equipes suficientes para atender todas as ocorrências.

Em nota, a GCM informou não ter recebido denúncia sobre o evento clandestino na chácara na região da Cruz de Ferro, no último fim de semana. Contudo, confirma que o local já foi alvo de fiscalizações outras vezes. "Em uma delas (no dia 7 de março), inclusive, a operação integrada impediu o evento", completa.

Já a PM informou, em nota, se dirigir ao local sempre que a corporação é acionada. Inclusive, no último domingo (6), afirma ter realizado uma ação no bairro Novo Horizonte, resultando na apreensão de um veículo e na autuação do motorista. 

Em relação aos bailes, especificamente, como eles em uma propriedade privada, a atuação policial, nesses casos, "é delimitada dentro de sua competência legal, não sendo possível impedir a locação do imóvel para a realização de tais eventos", completa a nota da polícia. 

A PM disse, ainda, realizar operações específicas de combate a pancadões, como a ação Paz e Proteção, deflagrada todos os fins de semana.