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Emprego

Justiça do Trabalho manda sindicato reintegrar motorista

A medida judicial foi tomada nesta segunda-feira (24). Cabe recurso à decisão.

25 de Maio de 2021 às 01:09
Marcel Scinocca [email protected]
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A Justiça do Trabalho determinou o restabelecimento da motorista Kelly Cristina Faria de Oliveira as suas funções sindicais no Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Sorocaba e Região. Na ação, ela alega que foi excluída das atividades na entidade de forma ilegal e pedia a reintegração. A medida judicial foi tomada nesta segunda-feira (24). Cabe recurso à decisão.

O juiz Sandro Matucci deu a chamada tutela antecipada levando em consideração, principalmente, a ausência de manifestação do sindicato. Assim, ficou estabelecido que Kelly volte a exercer suas funções da mesma forma que fazia antes de ser afastada do cargo de tesoureira. O sindicato deve cumprir a decisão em 24 horas sob pena de pagamento de multa de R$ 200,00 por dia.

O magistrado não descartou a possibilidade de ser designada nova audiência no processo. Ele também deu prazo de 15 dias para que a entidade sindical apresente defesa, acompanhada de documento, sob pena de revelia ou confissão. Caso essa defesa seja apresentada, Kelly tem outros 10 dias para contestá-la.

O Sindicato afirmou que ainda não foi notificado oficialmente da decisão e por isso não iria comentar a decisão judicial.


O caso

A profissional do transporte foi afastada de suas atividades de segunda tesoureira em 18 de março deste ano, conforme mostrou o Cruzeiro do Sul, em 7 de maio. A alegação era de faltas graves como não cumprimento de funções sindicais, não atendimento de escala da diretoria e até ameaças. O documento ainda citava que um procedimento interno seria aberto para apurar a situação.

Ela negou qualquer irregularidade em suas atividades e afirma que o problema começou quando passou a fazer questionamento sobre a atuação da entidade. Kelly também foi afastada da confederação que representa o sindicato de Sorocaba. Segundo ela, por conta da ligação do presidente da entidade local. “Não tenho dúvida nenhuma de que vou conseguir voltar porque foi um afastamento irregular”, disse à época. (Marcel Scinocca)