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Aeroporto Catarina, em São Roque, está próximo da internacionalização

Anac confirma que não há trâmite para mesmo procedimento em Sorocaba

19 de Maio de 2021 às 00:01
Marcel Scinocca [email protected]
Aeroporto Catarina, pertencente à iniciativa privada, foi inaugurado em dezembro de 2019.
Aeroporto Catarina, pertencente à iniciativa privada, foi inaugurado em dezembro de 2019. (Crédito: EMÍDIO MARQUES / ARQUIVO JCS (16/12/2019))

Inaugurado em dezembro de 2019, o Aeroporto Catarina, instalado em São Roque e pertencente a um grupo privado, pode ter a internacionalização anunciada em breve. As tratativas de uma eventual transição já estão sendo discutidas entre o Poder Público da cidade e os administradores do empreendimentos. Apesar de garantias, a situação do Aeroporto Estadual de Sorocaba Bertram Luiz Leupolz, em processo de privatização, não parece ter tratativas na mesma velocidade.

A JHSF, dona do Catarina, informou que “o processo de internacionalização do São Paulo Catarina Aeroporto Executivo segue avançando”. Entretanto, a instituição lembrou que “não cabe à companhia fazer previsões a respeito de sua conclusão, já que a designação é expedida pela Anac com a autorização da Polícia Federal, Anvisa, Vigiagro e Receita Federal” que “o aeroporto já tem toda a estrutura necessária para operar voos internacionais”.

Sabe-se, entretanto, que o anúncio da internacionalização deve ser anunciado em breve. A situação foi alvo de reunião de representantes da empresa e membros do Executivo de São Roque. Segundo a prefeitura da cidade, o processo de internacionalização será concluído em pouco tempo. “São Roque vai ter um aeroporto internacional. O mundo inteiro vai poder desembarcar aqui, trazendo, turistas, investimentos e um potencial muito grande de geração de empregos. Estamos preparados com diversas ações de governo para aproveitar a oportunidade e garantir que os empregos sejam conquistados por moradores da nossa cidade”, afirmou, após o encontro, Guto Issa (Podemos), prefeito da cidade. Não houve divulgação de datas.

Além do prefeito, participaram da reunião o diretor de Saúde de São Roque, Dr. Luis Carlos Previdente Redda, e três membros da equipe do Aeroporto Catarina: Camila Fiuza, diretora do local; Mariana Almeida, bióloga e Guilherme Simoni, coordenador de operações. A reunião ocorreu na semana passada.

Guto Issa lembra do que já foi dito e repetido em matérias do Cruzeiro do Sul, que a principal vantagem da internacionalização é a eliminação da necessidade de uma escala prévia em voos com origem ou destino fora do país. “No momento, as aeronaves precisam passar por um terminal internacional para realizar os procedimentos de imigração e depois seguir para São Roque. Quando os procedimentos estiverem concluídos, será possível pousar direto na cidade.” Esse movimento seria essencial para o Aeroporto de Sorocaba, um dos mais movimentados do mundo quando se trata de manutenção de aeronaves executivas.

Mas, em Sorocaba, entretanto, o pedido de internacionalização, iniciado em 2012, sequer tramita na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). “Até o momento, não foi protocolado na Anac pedido para a internacionalização do Aeroporto de Sorocaba”, confirmou a agência na terça-feira (18). Por outro lado, ao menos até o mês passado, o acesso a maior parte do local ainda era praticamente livre. Vale lembrar que a promessa do Estado, em 2020, era de que as melhorias no Aeroporto de Sorocaba, necessárias para a internacionalização, deveriam ser concluídas em dezembro. A divisão de propriedades -- municipais, estaduais e privadas -- do local também está pendente.

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo (Sedettur), da Prefeitura de Sorocaba, informou que Comissão Interna da Prefeitura, “segue acompanhando em conjunto com órgãos fiscalizadores federais e estaduais e avançando no processo de internacionalização do Aeroporto de Sorocaba, pois avalia que este processo trará crescimento para a cidade e região”.

Na Câmara de Sorocaba, uma reunião deve ocorrer até o final desta semana para tratar do tema. A demora preocupa o economista Geraldo de Almeida. “Sempre preocupa. Quem chega primeiro, bebe água limpa. Sorocaba vai ficando para trás. É triste”, diz. Foi ele quem deu o ponta-pé inicial para a internacionalização, quando foi secretário municipal da Prefeitura de Sorocaba. (Marcel Scinocca)