As 14 carretas criogênicas adquiridas diretamente pela White Martins da filial de sua controladora no Canadá permanecem na Fábrica de Equipamentos Criogênicos (FEC) da empresa, em Sorocaba. A importação emergencial teve o apoio do governo federal, por intermédio do Ministério da Economia. Os veículos farão parte da logística de armazenamento e transporte de oxigênio líquido no País, para combate aos efeitos da pandemia de Covid-19 nas redes pública e privada de saúde.

Na sexta-feira (7), a empresa White Martins, maior do setor do País, detalhou o motivo de os equipamentos estarem na cidade. “Os testes realizados na FEC são necessários para reforçar a segurança do transporte de oxigênio líquido que será realizado por meio das carretas. Já as adequações visam colocar os equipamentos em conformidade com a legislação brasileira, de acordo com as normas do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro)”, explica.

A empresa não informou para onde irão as carretas e nem exatamente quando elas deixaram a cidade. “O destino das carretas será definido pelo Centro de Logística Integrado da empresa, com o objetivo de alocar as mesmas onde a demanda de oxigênio requerer veículos para superar os desafios logísticos. A expectativa é que os equipamentos estejam disponíveis para operação neste mês.”

Conforme a White Martins, a operação para trazer os veículos representou um investimento de R$ 14 milhões, totalmente custeado pela White Martins. A importação emergencial das carretas contou com o apoio do governo federal por intermédio do Ministério da Economia. A viagem incluiu um trecho rodoviário entre o Canadá e os Estados Unidos, onde as carretas criogênicas embarcaram até chegarem no Porto de Santos, em 29 de abril.

Outras informações

As carretas criogênicas têm cerca de 3,5 metros de altura, 14 metros de comprimento e pesam cerca de 12 toneladas. Já a carreta cryo queen possui cerca de 4 metros de altura, 16 metros de comprimento e pesa cerca de 22 toneladas. O veículo mais robusto pode armazenar até 80 mil metros cúbicos de oxigênio líquido, a maior capacidade de um equipamento desse tipo no Brasil. Ele servirá como tanque de backup, onde veículos menores poderão efetuar a retirada do produto, sem necessidade de deslocamento até uma planta produtora.

Após liberação para uso em território nacional, as carretas serão utilizadas na operação diária de transporte de oxigênio líquido para unidades de saúde. O Ministério da Saúde não deu detalhes sobre o uso das carretas. (Marcel Scinocca)