O funcionamento do comércio no Dia das Mães gera otimismo para o setor, em Sorocaba. Em 2020, por conta das medidas restritivas contra a Covid-19, os lojistas não puderam abrir os seus respectivos estabelecimentos. Consequentemente, o faturamento dos lojistas diminuiu. Mas, neste ano, a movimentação intensa no Centro da cidade, na tarde de ontem (7), é um sinal de melhora e confirma a boa expectativa do setor. Segundo a Associação Comercial de Sorocaba (Acso), o Dia das Mães é a segunda data com melhor resultado para o comércio, ficando atrás apenas do Natal.

Ainda conforme a Acso, neste ano, a projeção é de aumento de 2% nas vendas, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os comerciantes já constatam resultados mais positivos. Segundo Lilian Gomes, vendedora de uma loja de cosméticos na rua Doutor Braguinha, “90% (dos clientes) que entram procuram presentes para as mães”.

Neste Dia das Mães, os filhos estão mais generosos. Eles têm gastado, em média, de R$ 250 a R$ 300. Os itens mais procurados são as cestas com diversos produtos. De acordo com Lilian, a pandemia ocasionou redução nas vendas. Porém, mesmo em meio à crise, devido à tradição da data, a procura por presentes continua grande. 

Em uma loja de sapatos na rua Barão do Rio Branco, o movimento também era semelhante aos anos anteriores. Conforme o gerente do estabelecimento, Alexandre Lucas Martins, as vendas caíram só 5%, em relação a 2019, quando não havia pandemia e o comércio funcionou normalmente. Martins notou aumento no valor médio gasto pelos clientes, que é de R$ 150. “Nesta semana, foi surpreendente, porque pensamos que (o movimento) seria mais fraco, por causa da pandemia”, conta.

Compras

Um estudo desenvolvido pela Acso, em parceria com a Athon Ensino Superior, comprova as percepções dos lojistas. Ao todo, 53% dos entrevistados na pesquisa pretendem presentear as mães, esposas, sogras ou avós. Informaram, ainda, priorizar o comércio local, como forma de valorização, e as lojas on-line. Entre os participantes do levantamento, 61% vão comprar itens de vestuário, calçados e acessórios, seguidos por perfumes, cosméticos e chocolates. O ticket médio será de R$ 90.

A decoradora Amanda Machado, 33 anos, é uma das consumidoras que optaram pela primeira opção de presente. A mãe de Amanda faleceu. Por isso, ela vai homenagear a sogra, a sua “segunda mãe”, com um pijama de R$ 89,90. “É uma forma de agradecimento”, falou. A cliente achou os preços favoráveis, semelhantes aos praticados em ano passados.

O açougueiro Matheus Cardoso, 29 anos, considerou os valores adequados. Cardoso presenteará a mãe com uma sandália de R$ 80.

Quem também manterá a tradição será a vendedora Letícia Maria Urias, de 18 anos. Letícia comprou chocolates para a mãe, uma tia e a avó. Ela notou, inclusive, diminuição nos preços dos produtos. A consumidora atribuiu os valores mais baixos ao fechamento do comércio por longos períodos. Para ela, após as reabertura, a estratégia das lojas para retomar as vendas foi fazer promoções. Por conta da pandemia, a jovem acredita ser ainda mais importante demonstrar carinho pelas pessoas, por meio de presentes. (Vinicius Camargo)